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Economia

Provedora de Justiça defende a responsabilização de funcionários do BPC pelos maus serviços prestados

Em conferência zoom e na qual também participou o PCA do banco

A provedora de Justiça angolana, Florbela Araújo, apelou à responsabilização criminal dos funcionários do Banco de Poupança e Crédito (BPC) que lesam os direitos dos clientes e dos cidadãos, de uma maneira geral.

A jurista lançou o apelo no final de um encontro, via zoom, com o presidente do Conselho de Administração do BPC, André Lopes, com quem abordou questões que tem colocado o maior banco público como alvo de demasiadas críticas, devido, sobretudo, à má qualidade dos serviços prestados pela instituição bancária, que, durante anos, foi o mais relevante canal financeiro da administração do Estado.

De acordo com o Jornal de Angola, entre as preocupações dos utentes, apresentadas pela provedora de Justiça, estão as constantes limitações na movimentação de dinheiro através do cartão multicaixa vinculado ao BPC, assim como o reduzido número de balcões do banco, o que obriga os clientes a percorrerem grandes distâncias, mesmo que a digitalização da banca e a bancarização apontem nesse sentido, sendo que, no entanto, não se podem fechar balcões sem que haja alternativas, evocam os especialistas do sector. É assim para todos os bancos e muito em especial para o BPC dada a natureza dos serviços prestados, um relevante número para pensionistas.

Em resposta, André Lopes, o presidente do Conselho de Administração do BPC apontou a falta de liquidez, o estado obsoleto das infra-estruturas tecnológicas e a covid-19, como algumas das principais razões que estão na base dos constrangimentos.

No entanto, a provedor de Justiça argumentou que os funcionários responsáveis pelos maus serviços prestados aos clientes devem ser responsabilizados, evocando uma cultura de eficiência e competência.

Recorde-se que durante anos o BPC funcionou como empregador de famílias, o que suscita um clima interno de compadrio que dificulta a assumpção de responsabilidades.

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