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Economia

Queda do kwanza e aumento da inflação mensal pressionam decisão do BNA sobre a taxa de juro

CPM DECIDE SEXTA-FEIRA, DIA 19, CURSO DA POLÍTICA MONETÁRIA

CPM decide hoje o curso da política monetária. Embora a inflação homóloga esteja a cair, a taxa mensal cresce desde Setembro do ano passado. Em Abril, o País regista a taxa de inflação mensal mais alta dos últimos 11 meses. Por outro lado, o kwanza está a depreciar face às principais divisas.

O Comité de Política Monetária (CPM) do Banco Nacional de Angola (BNA) vai reunir esta sexta-feira, 19 de Maio, naquela que será a segunda reunião ordinária este ano, depois de na sessão de Março ter reduzido a Taxa Básica de Juro em 1 ponto percentual (pp). Na reunião desta sexta-feira pesam nas costas do regulador a trajectória mensal da inflação e a depreciação do kwanza.

A taxa de inflação mensal a nível nacional, que está a crescer há três meses consecutivos, acelerou 0,20 pontos para 0,92% em Abril deste ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). Com esta taxa, o País regista a taxa de inflação mensal mais alta dos últimos 11 meses.

Em sentido inverso está a taxa de inflação homóloga, que cai há 15 meses. Em Abril a taxa caiu para 10,52%.

Já a moeda nacional, no entanto, tem depreciado nos últimos trimestres devido à queda global dos preços do petróleo e pouca intervenção do Tesouro Nacional. Segundo o mais recente relatório da consultora Oxford Economics África, a moeda vai continuar a depreciar- se para 568,5 kwanzas por dólar no final de 2023.

Após as eleições gerais, o kwanza inverteu a tendência de apreciação, depois de ter recuperado 29% face ao dólar e 47% face ao euro desde o início de 2022 até 24 de Agosto. Em Outubro e Novembro, o kwanza depreciou, mas desde Dezembro do ano passado que a taxa de câmbio tem estado a negociar em torno dos 504 e 507 . Nesta semana uma nota de um dólar passou a custar cerca de 536 Kz.

De acordo com a Bloomberg, numa visita às principais economias de África, a maioria dos bancos centrais africanos que decidirá sobre as taxas de juros nas próximas duas semanas deve mantê-las inalteradas, à medida que a inflação, que esteve alta em décadas, diminui após mais de um ano de aperto. A apreciação do dólar e os desafios domésticos estarão no topo de suas agendas, de acordo com o a agência norte-americana.

Na última reunião, o banco central cortou taxa básica de juros de 18% para 17%, em resposta ao abrandamento da taxa de inflação homóloga. Além do corte da taxa básica, que influencia as outras taxas do mercado, o banco central decidiu reduzir a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez de 18% para 17% e a taxa de juro da facilidade permanente de absorção de liquidez de 14% para 13,5%.

O "board" liderado por José de Lima Massano, governador do BNA, justificou a decisão com o "andamento da economia, particularmente, o comportamento da variação de pre

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