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Economia

Reservas Internacionais estagnaram em 2023

STOCK FIXA-SE EM 14,7 MIL MILHÕES USD

Angola encerrou o ano de 2023 com reservas internacionais de 14,7 mil milhões USD, um aumento de apenas 0,5% face a 2022, ou seja, praticamente estagnaram, de acordo com cálculos do Expansão com base nos dados do Banco Nacional de Angola (BNA).

As reservas internacionais correspondem às reservas de dólares, euros, ouro e outras divisas controladas pelo banco central, bem como títulos de dívida soberana de outros países. As reservas são necessárias para assegurar a importação de diversos bens, como alimentos, maquinaria ou matérias-primas.

Segundo o relatório da balança de pagamentos do banco central, nos primeiros 9 meses do ano passado, o País gastou 11,4 mil milhões USD na importação de bens e 5,9 mil milhões na importação de serviços, o que faz um total de 17,3 mil milhões USD.

Contas feitas, dá uma média de 1,9 mil milhões USD mensais para a compra de bens e serviços lá fora, o que significa que os 14,7 milhões USD que valem as reservas internacionais garantem quase 8 meses de importações de mercadorias e de serviços, acima dos 4 meses de importações, que é a média verificada nos países que fazem parte da SADC.

Já em 2022, marcado pelas eleições gerais no país, as reservas internacionais (avaliadas em 14,66 mil milhões USD) cobriam apenas 6 meses de importações, já que foi o período com maior volume de importações de bens e serviços, no montante de 18,8 mil milhões USD, e com o nível mais baixo de reservas desde 2011. Assim, as reservas internacionais de 2022 e 2023 são as mais baixas desde pelo menos os últimos 13 anos. Actualmente, o stock de reservas valem menos do que os 32,2 mil milhões USD registados em 2013, o pico das reservas internacionais angolanas.

No entanto, a partir de meados de 2014, a crise petrolífera contribuiu para a queda das reservas angolanas em moeda estrangeira e, de lá para cá, o cenário nunca mais foi o mesmo, com estas reservas a caírem ano após ano. Este stock nacional de divisas depende sempre de dois factores importantes - as receitas petrolíferas e o volume das importações.