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Economia

Todas as economias da CPLP tiveram uma queda do PIB em 2020

Impacto da Covid-19

Todas as economias dos países da CPLP caíram. E todos os governos apontaram o Covid-19 como principal responsável para este decréscimo. Em Março de 2020 o mundo entrou em confinamento, fecharam-se as fronteiras e a circulação de pessoas e bens ficou bastante limitada.

Numa primeira fase o embate foi maior no turismo, Cabo Verde e Portugal foram os mais prejudicados, depois nos sector do petróleo, Angola e Timor Leste a liderarem as perdas, tendo depois estendido o impacto a todas as áreas da economia, o que levou a uma quebra global dos valores do PIB em todas as nações.

Os números mostram que o maior decréscimo no espaço da CPLP aconteceu em Cabo Verde, -14%, seguindo-se Portugal com -7,6% e Timor Leste, -6,8% (ver infografia, pág. 7). No entanto, em termos absolutos, destacar a quebra no Brasil, cujo valor do PIB caiu 61,3 mil milhões USD o ano passado, um decréscimo que é superior ao PIB de Angola, estimado em 58,5 mil milhões USD.

Aliás, o nosso País tem o terceiro PIB mais elevado da CPLP, mas no valor per capita, que mede a riqueza das populações, está na 6º posição, atrás de Portugal, Brasil, Guiné Equatorial, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Neste quesito, o país mais pobre da organização é Moçambique com um PIB per capita de 450 USD. O mais rico é Portugal, um valor de 19.705 USD, mais de dez vezes que o PIB per capita de Angola.

Estes valores são a divisão directa do Produto Interno Bruto pela população residente, e é assim que Portugal aparece acima dos demais, pois tem a segunda maior economia, um PIB global de 231,3 mil milhões de USD, mas apenas 10,3 milhões dc cidadãos. Em termos globais o Brasil é claramente a maior economia do espaço lusófono, 1.434 mil milhões USD, sendo que da soma global do PIB"s dos noves países, 1.753 mil milhões USD, a economia brasileira vale 82% do total.

Um último destaque para o facto de o FMI colocar Angola no 3º lugar dos países mais populosos da CPLP com 31 milhões de habitantes, atrás do Brasil (211,4 milhões) e Moçambique (32 milhões).

Desemprego e Inflação

O impacto da pandemia também trouxe crescimentos acentuados a dois itens importantes - desemprego e inflação. Nos dois Angola lidera de forma clara.

No que se refere ao desemprego apenas quatro países são referenciados no estudo do FMI, sendo que Angola aparece com 32,3% na primeira posição, Brasil na segunda com 13,2%, um crescimento de cerca de 4%, Cabo Verde no terceiro lugar com 8,5%, apesar de uma série de medidas tomadas para defender o sector do turismo que é o maior empregador da economia, e Portugal no quarto com 6,8%, o maior valor dos últimos anos. Importante dizer que é preciso analisar com maior profundidade estes números porque os critérios para a definição do que é desemprego não são exactamente iguais em todos os países da CPLP.

Já relativamente à inflação Angola aparece à frente com um valor de 25,1%, que não tem apenas a ver com a excessiva dependência das importações e uma percentagem baixa da produção nacional no total do consumo, mas também de uma série de medidas económicas que acabaram por não ter os resultados projectados.

(Leia o artigo integral na edição 633 do Expansão, de sexta-feira, dia 16 de Julho de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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