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Empresas & Mercados

Candy Factory, fábrica de doces de 15 mil milhões Kz arranca com produção da marca Oko

PARCERIA ENTRE O GRUPO NELT E O RESTAURANTE CAFÉ DEL MAR

O imóvel foi adquirido no âmbito do Programa de Privatizações (PROPIV) em 2020, por 2,3 mil milhões de Kz, pelo grupo sérvio Nelt, após ganhar o concurso de adjudicação. A fábrica de doces investiu mais de 9 milhões EUR em equipamento e fez obras de reabilitação e adaptação da fábrica.

A Candy Factory Angola - fábrica de doces idealizada em 2018 pelo proprietário da empresa Coconuts, dona do Café del Mar, e da empresa Oxbow, do ramo da logística e distribuição, avançou, esta quarta-feira (26), com a produção da sua primeira marca de doces designada Oko. Para transformar a ideia em realidade, o angolano Federico Crespo juntou-se ao Grupo Nelt, empresa da Sérvia especializada em logísticas, distribuição e indústria alimentar. Juntos concretizaram o negócio que custou, no total, 15 mil milhões Kz.

A fábrica está localizada na Zona Económica Especial e foi adquirida, no âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV), por 2,3 mil milhões Kz em 2020, pelo parceiro da Sérvia, a empresa Nelt do empresário Nebojsa Saponjic, que ganhou o concurso de adjudicação daquele activo. De acordo com Federico Crespo, CEO da Candy Factory, a infraestrutura da antiga Absor - Indústria de Absorventes precisou de obras de adaptação e algumas construções de raiz à volta da fábrica. Em equipamentos de produção os sócios investiram mais de 9 milhões EUR.

No arranque, a Candy Factory vai trazer para o mercado a marca Oko e, a curto prazo, será lançada a marca Jacaré, ambas com os três segmento de doces: sambapitos, rebuçados e pastilhas elásticas, e que estão mais virados para o público mais jovem. Mais tarde, a Candy vai trazer uma marca já idealizada para um público mais adulto.

A unidade fabril, que tem 24 mil m2 de área bruta e 6 mil m2 de zona fabril, tem três linhas de produção de doces. Uma linha para sambapitos, outra para pastilhas elásticas e outra dedicada à produção de rebuçados, com a possibilidade de aumentar se o mercado assim o exigir. Está prevista uma produção anual de 6.700 toneladas, o que corresponde a uma produção diária de 18 toneladas por dia.

A empresa conta com 90 trabalhadores, dos quais 20%, ou seja, 18 trabalhadores, são expatriados e em dois anos pretende empregar 350 trabalhadores. Federico Crespo sabe que o custo de produção, muito relacionado aos custos da matéria-prima, não permite que haja uma concorrência directa com os produtos importados, mas garante que os doces da fábrica têm padrões internacionais.

O empresário explica que há açúcar produzido localmente, mas a produção é sazonal, porque existe apenas uma fábrica e que tem apenas uma safra por ano. Por isso, a empresa vai alternar entre a importação e a compra local do açúcar. No que diz respeito à estratégia de venda, o empresário reconhece que o mercado informal terá uma grande importância no negócio.

"Não podemos esperar que o investimento estrangeiro caia do céu"

No entender do CEO da Candy Factory têm de ser os empresários locais a identificar as oportunidades e depois ir procurar, se for necessário, um parceiro estrangeiro e atrai-lo. Deste modo, transmite-se um sinal de confiança ao investidor, foi o que aconteceu com a implementação deste projecto.

"O estrangeiro não vai mergulhar de cabeça num país que não conhece, num mercado que não domina. Portanto, não podemos esperar que o investimento estrangeiro caia do céu. O governo tem apenas de criar um bom ambiente de negócio", defendeu

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