O desafio da captação de investimento estrangeiro no âmbito de parcerias com privados nacionais para o desenvolvimento de pequenas e médias indústrias deve ser encarado como estratégico, tendo em vista que são estas que podem garantir o suporte do desenvolvimento económico do País. Neste sentido, esperava-se um discurso do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, mais virado para este perfil de investidor, sendo que para além da certeza que o "investimento estrangeiro é sempre bem-vindo", fossem também dadas garantias da melhoria do ambiente de negócios. O ministro de Estado deu também destaque a algumas medidas como a isenção de taxas aduaneiras e redução da taxa do IVA para alguns produtos básicos.

Uma comunicação virada para dentro, para os feitos e para as virtudes do próprio Governo, nestas ocasiões, mostra-se sempre pouco mobilizador para os investidores, que pedem fundamentalmente que se identifiquem as soluções para os problemas que ocorrem para a implementação de projectos empresariais que sejam rentáveis e competitivos.

Nos primeiros dias de realização da feira muito se falou sobre este aspecto, da dificuldade de em Angola se constituir uma empresa e pôr uma indústria a funcionar em menos de 9 meses, dos constantes constrangimentos na relação com a Administração Pública, na dificuldade de acesso a factores básicos com a energia, água e telecomunicações fora da limitação dos pólos industriais, na morosidade dos registos de terras e imóveis, a acção musculada da máquina tributária, entre outros.

(Leia o artigo integral na edição 653 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Dezembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)