A ENDIAMA divulgou, de forma provisória, a lista de 15 projectos diamantíferos em promoção, um mapa com seis províncias que inclui, pela primeira vez, o Cuanza Sul, que aparece com o projecto Quitúbia, um depósito primário (kimberlito), à disposição dos investidores, quer nacionais, desde que tenham capacidade financeira, ou estrangeiros. Ao todo são 43.674 quilómetros quadrados para concessionar, proporção maior do que várias países como a Suíça.

Segundo a diamantífera, este mapa poderá ser actualizado brevemente, tendo em conta os dados recolhidos no âmbito do PLANAGEO, que permitiu, às autoridades nacionais ter uma percepção mais realística do potencial mineiro, sobretudo diamantífero.

Os 15 projectos, de acordo com o mapa, estão distribuídos por seis províncias, dos quais, quatro estão na província do Bié, correspondendo a um total de 15.481 quilómetros quadrados (Km2), equivalentes a cerca de 30% da área total disponível para a prospecção de diamantes nesta geografia de projectos diamantíferos em promoção.

Nesta primeira fase, de acordo com uma fonte da ENDIAMA, estão disponíveis 43.674 km2, para os investidores, quer nacionais, como estrangeiros deste que tenham capacidade financeira.

Espera-se que a médio prazo a área de exploração de diamantes em Angola seja alargada para seis províncias, com a possível entrada do Cuanza Sul na rota da produção das pedras preciosas, embora a grande região produtora de diamantes continue a ser a Lunda Sul e Lunda Norte, tendo em conta o seu potencial e reservas já confirmadas.

De acordo com o mapa apresentado pela ENDIAMA, dos 43.674 Km2 de terra disponíveis para os investimentos para a prospecção e consequente exploração de diamantes, apenas 1.000 Km2, do projecto mineiro do Cuango, na província da Lunda Norte, estão em prospecção, ou seja, já receberam investimentos. Entretanto, espera-se que até ao final do ano, ou seja, o mais tardar, no primeiro trimestre de 2025, sejam divulgadas as reservas de diamantes da futura mina e estejam concluídos os estudos de viabilidade económica do projecto, segundo as novas medidas adoptadas pela ENDIAMA. A ideia é determinar o real potencial do projecto. O Cuango é uma exploração em depósito secundário, ou seja, aluvionar.

Dos 15 projectos em promoção, 10, o que equivale a 66,6% do total de depósitos em promoção, são kimberlitos e os restantes cinco são aluviões.

De acordo com o balanço de desempenho da ENDIAMA, em 2023 e até final de Março de 2024, o País contava com 21 projectos diamantíferos em produção efectiva, enquanto mais de 40 estavam em prospecção. A diamantífera garante que a geografia da produção de diamantes no mundo poderá mudar e conhecer outro rumo caso se efectivem os investimentos nos projectos em promoção. A ENDIAMA assegura que existem investidores interessados nos projectos mineiros.

Angola é actualmente o quarto maior produtor de diamantes do mundo, em termos de receitas, e o segundo a nível de África, mas o grande objectivo, de acordo com os promotores dos projectos diamantíferos, é atingir o top 3 até 2027. O presidente do conselho de administração da ENDIAMA, Ganga Júnior, disse, no início do ano, que o potencial diamantífero angolano permite sonhar em estar entre os três maiores produtores de diamantes do mundo.

Para isso, segundo apurou o Expansão, tudo passará pela produção plena da Mina do Luele, mas também de outros projectos diamantíferos em prospecção em todo o território nacional, esperando-se que uma parte deles arranque definitivamente com operações ainda este ano.

Leia o artigo integral na edição 787 do Expansão, de sexta-feira, dia 02 de Agosto de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)