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Empresas & Mercados

Accionistas decidiram injectar capital para manter o Jumbo

PRECISA DE 20 MILHÕES USD

A assembleia-geral de accionistas, que aconteceu no passado mês de Abril, deferiu a continuidade do negócio.

O Jumbo mantém as portas abertas e, para a sua requalificação, o primeiro hipermercado em Angola necessita de uma injecção de capital de 20 milhões USD, segundo o Presidente da Comissão Executiva (PCE), Assunção Barros.

Ao Expansão, o responsável revelou que a assembleia-geral de accionistas, que aconteceu no passado mês de Abril, deferiu a continuidade do negócio. No encontro, foi decidido fazer um suplemento para não fechar o hipermercado de origem francesa. Por isso, a direcção adaptou o processo de requalificação para melhorar os serviços, bem como a imagem da empresa, sendo que a disponibilização dos valores para a sua regularização deverá ser feito por etapas, durante um ano, referiu. "Temos um programa de revitalização e acredito que teremos resultados em dois meses", garantiu o gestor.

Assunção Barros sublinhou que só daqui a duas ou três semanas é que se vai saber o nível de intervenção que os accionistas vão fazer. "Temos indicação que o accionista maioritário, a Sogec, não está com capacidade financeira para acudir todas as necessidades. Mas estamos empenhados e com um plano consistente para mantermos as portas abertas", sublinhou.

Com meio século de presença no mercado nacional, o Jumbo tem-se mostrado insuficiente diante da procura e dos concorrentes. No seu interior ainda são visíveis prateleiras vazias, poucos clientes e funcionários, que dão um aspecto de decadência àquele espaço comercial.

Ainda antes da independência, em Agosto de 1973, era inaugurado em Luanda o primeiro hipermercado do País, num evento que levou centenas de pessoas ao estabelecimento que se situa na Estrada de Catete. De lá para cá, o hipermercado foi perdendo fulgor e os promotores enfrentam dificuldades para pagar aos seus fornecedores.

Ao que o Expansão apurou, entre os accionistas do Jumbo está actualmente o grupo GEFI, sociedade anónima que é um braço empresarial do MPLA.

Ao longo dos anos, a rede de hipermercados e supermercados na cidade de Luanda aumentou devido ao surgimento de novos operadores. Além dos problemas de liquidez que a empresa enfrenta, o Jumbo tem problemas "muito graves" ao nível da gestão e fidelização dos seus clientes.