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BFA bate concorrentes e garante intermediação financeira na privatização dos 51% do Estado na Sonangalp

Cinco bancos comerciais participaram no concurso por convite para IPO da Sonangalp

O Banco de Fomento Angola (BFA) bateu na corrida quatro bancos comerciais e é a instituição vencedora do concurso para a intermediação financeira para a privatização dos 51% da participação do Estado (Sonangol) na Sonangalp, empresa sector dos petróleos, no segmento da distribuição de combustível. A empresa, controla 60 postos de abastecimento, das mais de 950 bombas espalhadas a nível de todo território nacional, os restantes 49% pertencem à portuguesa Galp Energia

O Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco Millennium Atlantico (BMA), Banco de Negócios Internacional (BNI) e o Standard Bank Angola (SBA), são as instituições financeiras que participaram no concurso por convite, com o procedimento de Oferta Pública Inicial (OPI) para a prestação de serviços de intermediação financeira no âmbito da privatização da participação do Estado na Sonangalp, detida pela Sonangol Holdings, conforme previsto no Programa de Privatizações (ProPriv).

Segundo o programa do Governo, a execução do processo de privatização da participação do Estado na Sonangalp, na modalidade de OPI está atrasada e só deverá acontecer no final do segundo trimestre de 2022.

De acordo com o comunicado do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), a que o Expansão teve acesso, esta segunda-feira, 15 de Novembro o BFA, foi contratado no âmbito de um Concurso Limitado por Convite para a aquisição de Serviços de Distribuição de Valores Mobiliários, cumprindo assim com as indicações do Decreto Presidencial n.º 250/19, que cria o Programa de Privatizações, uma vez que a Sonangalp será privatizada por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI) e apenas instituições que cumprem os requisitos para operações em mercados regulamentados foram previamente qualificadas e convidadas ao referido Concurso", refere o documento.

A nota do IGAPE acrescenta que a instituição financeira durante a execução do contrato o BFA, irá actuar em parceria com a Ernst & Young (EY) e a CKA & Associados (angolanos) e a Linklaters (portugueses), cuja responsabilidade será apoiar a Sonangalp, Lda, na estruturação, avaliação, divulgação, identificação de investidores e venda das acções da Sonangalp, para além de outras tarefas inerentes à preparação da privatização, sendo que os custos do contrato serão financiados com o resultado da venda.

"A privatização da Sonangalp será realizada através de Oferta Pública Inicial antecedida de um processo de reorganização societária, patrimonial e financeira, due diligence e avaliação da empresa, nos termos da Lei de Bases das Privatizações", acrescenta o documento.

A entidade responsável pelo ProPriv garante que a selecção do BFA como intermediário financeiro teve em consideração o facto de ser um dos bancos estruturantes do sistema financeiro angolano, sólido e com vasta experiência em banca de investimento, com destaque para os processos de Vendas, Fusões e Aquisições (M & A), bem como o facto de o mesmo apresentar uma equipa forte (EY) com ampla experiência demonstrada na organização e preparação de OPI"s em outros mercados, com experiência nas múltiplas áreas de intervenção.

O Programa de Privatização, que pretende alienar 195 activos do Estado, está longe de cumprir com a meta estabelecida, já que até ao momento, foram apenas privatizadas pouco mais de 40 empresas, com realce para as indústrias têxteis. No entanto, o Governo, nomeadamente através da ministra das Finanças e outros actores políticos, tem afirmando que em 2022 será o ano de um novo impulso para o ProPriv, sendo certo, que as jóias da coroa, a Sonangol, é pouco provável que sejam particialmente privatizadas no próximo ano.

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