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Ouro atinge máximo histórico

SEMANA DE 29 DE MARÇO A 03 ABRIL

A commodity, considerada activo-refúgio em tempos de incerteza, valorizou-se devido à expectativa em torno do início dos cortes de juros pela Fed e pelo prolongamento dos conflitos no médio-oriente e na Europa.

A cotação do ouro atingiu um novo máximo histórico esta semana, ao negociar nos 2.283,54 dólares por onça, mais 4,78% comparativamente aos últimos 7 dias. Além das incertezas quanto ao início dos cortes de juros da Reserva Federal (Fed) norte-americana, o metal também tem sido beneficiado por uma forte compra por parte dos bancos centrais, sobretudo na China. Adicionalmente, os novos desenvolvimentos nos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia aumentam as incertezas quanto à evolução da economia mundial, o que tende a aumentar os investimentos em activos considerados refúgio.

Esta semana, o presidente da Fed referiu que a actual trajectória da inflação ainda não é suficiente para iniciar os cortes de juros. Estas declarações tiveram por base o índice de preços nas despesas de consumo das famílias (Personal consumption expenditures price index) publicado nos EUA, e que serve como um dos principais drivers para a tomada de decisões de política monetária do Banco. Em Fevereiro, o indicador acelerou ligeiramente para 2,5% em termos homólogos. Estas indicações também implicaram uma evolução semanal mista no mercado accionista.

Os índices norte-americanos Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,05%, 0,25% e 079%, respectivamente, e na Europa, o Stoxx 600, referência para a Zona Euro, e o FTSE 100 do Reino Unido desvalorizaram 0,25% e 0,23% na mesma ordem. Entretanto, a inflação na Europa em Março teve uma evolução favorável à ideia de se começar a descer os juros, o que ajudou a atenuar o pessimismo em alguns mercados. Os índices PSI 20 de Portugal e o IBEX 35 de Espanha valorizaram na semana 1,03% e 0,75%, respectivamente. A taxa de inflação da Zona Euro abrandou de 2,6% em Fevereiro para 2,4%. A semana também ficou marcada por uma valorização semanal importante dos preços do barril no mercado petrolífero, acima de 4%.

No mercado de Nova York, o WTI encerrou a sessão de quarta- -feira nos 85,78 dólares por barril, enquanto o Brent rondava os 88,69 dólares por barril. Os preços estiveram a ser impulsionados pela melhoria das perspectivas para a procura por parte da China e também pelos alegados ataques da Ucrânia contra infra-estruturas energéticas na Rússia, embora as autoridades russas terão indicado efeitos limitados do referido ataque. Além disso, o mercado reagiu positivamente à decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) de manter os actuais cortes da oferta no final da reunião desta semana.

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