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TAAG com luz verde na auditoria externa sobre segurança operacional

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A companheira de bandeira recebeu o aval da Associação Internacional de Transportes Aéreos e tem condições para renovar o certificado de registo como operador seguro de acordo com o manual do programa de segurança IOSA.

A transportadora aérea nacional TAAG passou na auditoria externa de avaliação do estado da segurança operacional e operações de voo da companhia, realizada pela Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), segundo um comunicado da empresa. De acordo com a TAAG, esta aprovação assenta na auditoria externa IOSA (IATA Operational Safety Audit) e sinaliza as boas práticas da empresa. "Este é um requisito necessário para a renovação do Certificado de Registo como Operador Seguro, de acordo com as provisões do Manual do Programa de Segurança IOSA", lê-se na nota da instituição liderada por Ana Major.

Segundo a TAAG, a auditoria foi realizada em Maio e incidiu sobre as áreas de organização e controlo do sistema de qualidade, segurança operacional, operações de voo, despacho operacional, manutenção e engenharia e tripulação e cabine. A auditoria incidiu também sobre as operações de terra, operações de carga e segurança contra actos de interferência ilícita.

Para a operadora, o resultado da auditoria "demonstra o alinhamento da companhia com as melhores práticas da indústria aeronáutica internacional" e assegura que paralelamente a direcção de qualidade da empresa "tem efectuado auditorias internas de forma regular".

A auditoria IOSA, salienta e TAAG, é o modelo de avaliação de conformidade exaustivo, que reflecte as mais recentes revisões regulatórias e melhores práticas da aviação, tendo processos, metodologias e "checklist" devidamente estruturados e uma equipa de auditores altamente especializados.

O presidente-executivo da TAAG, Eduardo Fairen, citado no comunicado, afirma que a "melhoria contínua da segurança operacional" dos "serviços e processos de gestão é um compromisso inalienável" da transportadora. Esta certificação enquadra- -se no processo de restruturação que a companhia de bandeira está a viver, desde que foi nomeado o actual conselho de administração, em Outubro do ano passado, com o objectivo de preparar a empresa para a sua privatização.

De lá para cá, várias acções têm sido implementadas pela equipa executiva da TAAG, com a justificação da necessidade de se melhorar a eficácia da transportadora. Acções que passam pelo aumento no número rotas, reforço de frequências nacionais, continentais e intercontinentais, e outras parcerias, como o acordo comercial com o grupo de aviação chinês Lucky Aviation, no valor de 600 milhões USD, para o transporte de carga a partir da China.

Ou ainda o acordo comercial com a construtora europeia "Air Lease Corporation" (ALC) para a disponibilização em regime de leasing de seis aeronaves modelo Airbus A220-300 com entregas faseadas a partir de 2023 e durante 2024, sem que no entanto tenha sido avançado o valor deste negócio.

Mas foi o aluguer de um Airbus 330, a companhia aérea portuguesa HiFly, em regime wet-lease, por um período de 3 meses, que está prestes a terminar, caso não seja renovado, que colocou em rota de colisão o Pessoal Navegante de Cabine (PNC) e a administração da companhia.

Esta situação originou um conjunto de protestos de funcionários da TAAG contra a administração da empresa, e obrigou a intervenção do ministro dos transportes, Ricardo de Abreu, que colocou água na fervura juntando as partes em conversação com a garantia de que ninguém seria despedido.