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Bancos "chumbam" pedidos de moratória de créditos sem justificação

CLIENTES BANCÁRIOS EXIGEM INFORMAÇÃO

Ao Expansão, bancos revelam que a maior parte das rejeições são justificadas com o facto de parte das solicitações não se enquadrarem na estratégia do estado de emergência e outras por estarem em incumprimento antes da entrada em vigor da medida.

Vários bancos comerciais estão a mandar para trás os pedidos de moratória aos créditos de empresas e particulares alegando que "não conseguem" justificar a razão do pedido, apurou o Expansão junto de várias instituições bancárias.

Passado já um mês e uma semana após a publicação do aviso que permite a suspensão do pagamento de amortizações e juros dos empréstimos, continuam a chegar pedidos e os clientes reclamam não só da falta de informação mas sobretudo da morosidade do processo, que se esperava rápido para fazer face à situação económica provocada pelo combate à pandemia Covid-19.

De acordo com as explicações de várias entidades bancárias ao Expansão, parte dos empresários que já solicitaram a facilidade "não conseguem explicar exactamente" porque pretendem recorrer ao mecanismo, sendo que outros "não preenchiam" os critérios de elegibilidade pelo facto de estarem com créditos em atraso ou fora do âmbito do estado de emergência.

A adesão à facilidade não é automática. Aliás, o próprio regulamento orienta que as moratórias devem estar disponíveis mediante um pedido expresso do cliente, em formato físico ou digital para operações de crédito em situação regular que se encontrem em período de reembolso, ou tenham iniciado esse período em Março de 2020.

Dos 2.692 pedidos de moratória que deram entrada no Banco Angolano de Investimento (BAI), por exemplo, apenas metade foi admitido para eventual aprovação, uma vez que passaram à fase de "análise para revisão da proposta do plano financeiro das prestações".

Os outros 50% foram "praticamente rejeitados" por "não se enquadrarem no âmbito do instrutivo", ou por se tratarem pedidos duplicados ou não serem aplicáveis pela natureza específica do produto, como o descoberto bancário", ou por não conseguirem justificar as razões das dificuldades em cumprir atempadamente o plano de reembolsos das prestações creditícias. "Para estes casos, estamos a esclarecer cada caso individualmente e a chegar a consensos com os clientes sobre a melhor forma de procedermos", apontou a entidade. (...)

(Leia o artigo integral na edição 573 do Expansão, de sexta-feira, dia 8 de Maio de 2020, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)

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