No primeiro mês deste ano, 77,7% das empresas admitiram enfrentar dificuldades financeiras, sendo a falta de liquidez o principal obstáculo, conforme os resultados do inquérito sobre o Impacto da Covid-19 nas Pequenas e Médias Empresas, referente ao mês de Janeiro de 2021 realizado pelo Banco Nacional de Angola (BNA).

De acordo com a pesquisa, 408 das 525 empresas inquiridas reconheceram enfrentar dificuldades financeiras, das quais 24,6% apresentam problemas com liquidez, seguida da ausência de encomendas ou de clientes com 12,4%. Já os salários em atraso correspondem a 10,7% das dificuldades e o não pagamento de dívidas aos fornecedores 9,1%. Por outro lado, cerca de 15,4% das empresas consideraram a sua situação financeira estável, com maior destaque para o sector do alojamento (42,9%) e saúde humana e acção social com 33,3%. No relatório consta também que 87,2% das empresas afirmaram não terem recebido ainda nenhum apoio das autoridades e da banca.

Das empresas entrevistadas, 226 são micro empresas, 207 pequenas empresas e 92 médias empresas. 22,5% representam o sector do comércio e 14,9% fazem parte do sector da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. O estudo mostra ainda que 13,7% das empresas exercem outras actividades de serviços, 10,9% são do sector das indústrias transformadoras e técnica e similares ocupam 8,2%.

Os resultados do inquérito apresentam que 59,8% da amostra manteve-se parcialmente em funcionamento, 15,6% encontrava-se temporariamente encerrada e 23,4% das empresas mantiveram-se em funcionamento como antes da situação da Covid-19. Por outro lado, 1,1% das empresas declararam ter encerrado definitivamente as suas actividades.

(Leia o artigo integral na edição 616 do Expansão, de sexta-feira, dia 19 de Março de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)