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África

BAD presta contas em Acra e afasta suspeitas de má governação

ENCONTROS ANUAIS NO GANA

Banco gerou um lucro acumulado de 2,5 mil milhões USD na última década, perto dos 3,6 mil milhões USD pagos pelos accionistas para o 6.º aumento de capital.

O Grupo Banco Africano de Desenvolvimento está a avançar com reformas financeiras que o ajudaram a tornar-se mais forte, mais resistente, e mais bem equipado na sequência da crise de Covid-19, afirmou a vice-presidente sénior da instituição, Bajabulile Swazi Tshabalala, nos encontros anuais da organização, que decorreu na última semana de Maio, em Acra, Gana.

O foi evento foi antecedido de suspeitas de má governação, que recaíram na figura do nigeriano que preside ao banco, desde 2015. Em causa um artigo da revista Economist, de 19 de Maio, que levanta questões sobre a forma como o BAD é gerido, questionando nomeadamente se os fiscalizadores internos supervisionam os executivos do banco, que foi nomeado como a "Melhor Instituição Financeira Multilateral no mundo em 2021" pela revista norte-americana Global Finance, especializada em mercados financeiros e bancos de investimento.

"Os nossos conselhos estão a funcionar e são eficientes e rigorosos num cumprimento das suas funções de supervisão", declarou o presidente do BAD, Akinwumi Adesina, no final dos encontros. O Presidente do Gana, Nana Akufo-Addo, anfitrião do evento, reforçou o que disse Adesina, ao afirmar que o BAD é a única instituição financeira africana multilateral com sede em África com "classificações de crédito AAA".

O último dia do encontro serviu para os executivos do banco prestarem contas a uma plateia que incluía accionistas, executivo e agências parceiras. Em 2021, segundo Hassatou N"sele, vice-presidente interina e directora Financeira da instituição financeira, o BAD teve resultados financeiros "muito fortes", alcançando o terceiro maior montante de rendimento distribuível nos últimos 10 anos.

De acordo com Hassatou N"sele, o banco gerou um lucro acumulado de 2,5 mil milhões USD nos últimos 10 anos, próximos dos 3,6 mil milhões USD pagos pelos accionistas para o 6.º aumento geral capital de 2010. "Mais de metade deste benefício foi atribuído ao desenvolvimento do continente. Estamos a equilibrar desenvolvimento - eficácia do desenvolvimento - com a sustentabilidade financeira da instituição", frisou.

Segundo a vice-presidente interina, 80% dos negócios do BAD são empréstimos soberanos, que são cobrados com margem de lucro zero. O desempenho financeiro do Banco está ancorado nos empréstimos ao sector privado e no desempenho das suas carteiras de tesouraria.