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África

Japão renova promessa de 30 mil milhões USD para África

FINANCIAMENTO DO GOVERNO JAPONÊS NO CONTINENTE PARA OS PRÓXIMOS TRÊS ANOS

O Japão afirma a sua "determinação em corrigir a injustiça histórica contra África" e vai bater-se para que o continente tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Na nova ordem mundial, "baseada em regras", executivo japonês quer trabalhar com o continente e anuncia apoio de milhões.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, renovou a promessa de disponibilizar 30 mil milhões USD, nos próximos três anos, a África, e prometeu co-financiar, com o Banco Africano de Desenvolvimento, um programa de mil milhões USD para ajudar os países do continente a lidarem com os problemas de dívida.

A promessa foi feita, através de videoconferência, durante a 8ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano (TICAD 8), que decorreu, no domingo, em Tunis, Tunísia, país que acolheu a Cimeira Japão-África. No encontro, líderes políticos, empresários e sociedade civil debateram com o governo japonês a construção de uma nova parceria, que preserve a segurança dos investimentos, como realçou o Presidente tunisino, Kaïs Saïed.

Ao dirigir-se à plateia em Tunis, Fumio Kishida garantiu ainda que o seu país vai bater-se para que o continente alcance um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, reparando desta forma uma "injustiça histórica".

"O Japão reitera a sua determinação em corrigir a injustiça histórica contra África por não estar representado, de forma permanente, no Conselho de Segurança", afirmou. A intervenção do chefe do executivo japonês foi vista pela imprensa internacional como uma tentativa do Japão se posicionar para contrariar a crescente influência da China no continente africano e também de afirmação na nova ordem mundial, impulsionada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

"Se desistirmos de uma sociedade baseada em regras e permitirmos mudanças unilaterais do status quo pela força, o impacto disso estender-se-á, não só por África, mas por todo o mundo", frisou Kishida. Além de disponibilizar "fundos públicos e privados no valor de 30 mil milhões USD, nos próximos três anos", o Japão está também preparado para co-financiar programas, até 5 mil milhões USD, com o Banco Africano de Desenvolvimento, parte dos quais ao abrigo da Enhanced Private Sector Assistance for Africa (EPSA), iniciativa lançada em 2005, na cimeira do G8 em Gleneagles, no Reino Unido.

O EPSA 5 vigorará de 2023 a 2025 e inclui quatro áreas-prioritárias: electricidade, conectividade, saúde, e agricultura e nutrição. O EPSA 4 vigorou entre 2020 e 2022, com um financiamento de 3,5 mil milhões USD.

(Leia o artigo integral na edição 690 do Expansão, de sexta-feira, dia 2 de Setembro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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