As forças especiais capturaram o presidente da Guiné-Conacri, confirmou o chefe das forças especiais do país da África Ocidental - por onde recentemente passou o Presidente João Lourenço vindo da Turquia - numa mensagem em vídeo, neste domingo, acrescentando outro Golpe de Estado ao longo histórico de golpes militares no país.

O coronel Mamady Doumbouya adiantou que o presidente Alpha Condé estava sob custódia. Houve de tiros na capital do país, com os militares a fazerem advertências para que as pessoas permanecessem em casa.

Os militares tomaram aparentemente o controlo do país, dissolveram o governo e fecharam as fronteiras, adiantou o coronel Doumbouya, que explicou as motivações para o Golpe de Estado: "o atropelo dos direitos dos cidadãos" e "o desrespeito pelos princípios democráticos". Esta mensagem foi, entretanto, transmitida pela televisão nacional, onde os militares surgem de bandeira vermelha, verde e amarela pendurada nos ombros, e onde acrescentaram que pretendem formar um governo de transição.

Alpha Condé, de 83anos , assumiu o cargo há 11 anos, nas primeiras eleições democráticas do país desde a independência da França, em 1958, nessa altura prometeu combater a corrupção alimentada por décadas de regimes autoritários até que se transformou num e se fez eleger para um terceiro mandato ao arrepio da Constituição do país, isto é, alterou a Constituição e decretou que o seu terceiro mandato, face à nova Constituição, funcionaria como um primeiro.

Neste domingo, fotos e vídeos que circulam no WhatsApp mostram o Presidente ladeado militares, Condé permanece silencioso, vestindo jeans e uma camisa social tie-dye e não olha para a camera.

Segundo os media locais, vários soldados e guarda-costas morreram nos confrontos desta manhã.

Por volta do meio-dia, imagens de vídeo de Conacri mostram as pessoas aplaudindo enquanto camiões que transportam tropas passam ruas, e gritam: "Bravo!". "Bravo! Está feito!"