A inteligência artificial (IA) generativa aponta a uma "mudança radical na produtividade" em todos os sectores e, se implantada em "larga escala", pode gerar no continente africano um valor adicional por ano, estimado entre 61 mil milhões USD e 103 mil milhões USD, de acordo com um estudo da consultora MicKinsey, divulgado este mês.

A magnitude do impacto varia de acordo com o sector e a função, com experiências já consolidadas na mineração, indústria pesada e energia, na banca e no retalho, onde a IA já é usada, com alguma expressão para chegar aos consumidores e facilitar as compras online. O retalho é, no estudo da McKinsey, o sector que mais valor económico gera com o uso da IA degenerativa em África, seguindo-se as telecomunicações e os bens de consumo embalados (ver infografia).

O top 5 fecha com as minas, indústria e energia, sector que já depende fortemente da IA na análise, exploração e extracção, e o sector bancário, onde "grandes quantidades de dados de clientes criaram um terreno fértil para uma série de casos inovadores de utilização de IA ao longo de toda a cadeia de valor".

À medida que as instituições aplicam a IA de novas formas, "para além das aplicações de análise avançada e aprendizagem automática dos últimos 10 anos, a economia global pode aumentar significativamente, melhorando a vida e os meios de subsistência de milhões de pessoas", concluem os autores do estudo "Liderar, não ficar para trás: a oportunidade da IA de geração em África". "Em nenhum outro lugar isto é mais verdade do que em África, continente que já demonstrou a capacidade de utilizar a tecnologia para ultrapassar os caminhos tradicionais de desenvolvimento" e contornar as dificuldades, sublinha a McKinsey, notando que "África também tem sido rápida" na adopção da IA de geração, com aplicações "únicas e engenhosas" em curso.

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