Bolsas europeias recuperam e voltam a "brilhar" com pausa de 90 dias nas tarifas
A surpreendente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender as tarifas recíprocas aos países que não retaliaram, trouxe alívio aos mercados globais em dificuldades e aos líderes europeus, mesmo ao intensificar uma guerra comercial com a China.
E os mercados financeiros europeus já estão a reagir. As praças europeias estão a recuperar depois da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas, após sessões consecutivas de perdas. Segundo o Negócios, o Stoxx 600, que agrega as maiores e principais empresas europeias, valoriza 5,29% para 494,73 pontos, impulsionado pelos sectores bancário (+7,74%), tecnológico (+6,86%) e recursos naturais (+7,08%).
Até perto das 10h:00 de Luanda, nenhum sector negociava com perdas, ainda que se observem ganhos mais ligeiros. As telecomunicações crescem 1,48% e o das utilities, onde se incluem gás, electricidade e água, sobe 2,53%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax dispara 5,91%, o francês CAC40 sobe 5,32%, o italiano FTSEMIB valoriza 6,39%, o britânico FTSE 100 cresce 4,16% e o espanhol IBEX avança 5,29%. Em Amesterdão, o AEX sobe 4,96%, e o da Grécia cresce 5,82%.
A reviravolta de Trump, que ocorreu menos de 24 horas após a imposição de novas tarifas pesadas à maioria dos parceiros comerciais, ocorreu após o episódio mais intenso de volatilidade do mercado financeiro desde os primeiros dias da pandemia da Covid-19.
Entretanto, Trump manteve a pressão sobre a China, segunda maior economia do mundo e segunda maior fornecedora dos EUA, com um aumento nas tarifas sobre as importações chinesas de 104% para 125%, em vigor na quarta-feira.