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Endiama festeja 30 anos com produção diamantífera em alta

DIAMANTES

Catoca, De Beers, Endiama, USD, Diante, Lunda-Sul, Índia, NOGUEIRA, Angola, Empresa Nacional de Diamantes de Angola, China, Governo, ALROSA, País, BHPBilliton, Luanda, Conselho de MinistrosNuma altura em que a companhia está prestes a assinalar mais um aniversário, e após os bons resultados alcançados em 2010, as projecções para 2011, em termos de desempenho, são bastante optimistas, face à recuperação do preço do diamante no mercado internacional.

As estimativas avançadas pela empresa, em fins do ano passado, previam uma arrecadação de receitas na ordem dos 12,5 mil milhões USD até o desfecho de 2010, traduzindo-se num aumento de mil milhões USD em relação aos valores obtidos, em 2009, durante o qual a Endiama obteve 7,5 mil milhões USD. A recuperação do preço dos diamantes nos mercados internacionais terá sido um dos principais factores que contribuíram para os resultados obtidos no ano passado.

O novo cenário, segundo a administração da Endiama, está a permitir o reposicionamento da empresa no mercado, prevendo-se, por via desta realidade, um quadro mais optimista para a empresa no decurso de2011. O regresso da Endiama aos tempos áureos de produção e comercialização de diamantes é algo que está a ser visto pelos analistas com muita convicção e que pode acontecer em curto espaço de tempo, pois que, segundo os especialistas, se prevê que a procura de diamantes no mercado internacional proporcionará a duplicação da produção até 2020, devido à recuperação da economia norte-americana e às necessidades de países emergentes como a China e a Índia.

A duplicação da produção está a ser justificada, por analistas, devido ao aumento da quota de mercado da China, que, até ao desfecho do ano passado, atingiu os 10%, para além da crescente procura da Índia até 2015, assim como da demanda por parte dos retalhistas e de contratos de compra de longo prazo. Entre outros motivos apontados, constam também a escassez de diamantes-gema de qualidade, que poderá promover alguma estabilidade no preço a longo prazo, e as projecções de urbanização nos países emergentes, que promoverá muitos de novos consumidores param a classe média.

Diante dessa previsível realidade, os últimos pronunciamentos de distintos especialistas e de dirigentes afectos à indústria diamantífera vão no sentido de uma melhor organização e investimento no sector, por parte da Endiama e de outras companhias do ramo ao parar no mercado nacional, de modo a tirar proveito e benefícios do actual momento que se verifica no sector. Segundo consta, actualmente a produção total de diamantes mundial está na ordem dos 163 milhões de quilates, e o valor da sua produção avaliado em12,7 mil milhões USD.

Em 2007, ano anterior à crise, Angola foi considerada o quinto maior produtor mundial, enquanto a Endiama constituía a quarta maior diamantífera, atrás dos gigantes Alrosa, De Beers e BHPBilliton. O País produziu mais de 9,7 milhões de quilates, o equivalente a 1,272 mil milhões USD. A produção de 2010 ainda não é conhecida, sendo de esperar que a mesma seja oficialmente anunciada durante as comemorações do 30.º aniversário da empresa, a assinalar-se no próximo dia 15. A empresa estatal funciona como concessionária nacional no domínio da prospecção, pesquisa, reconhecimento, exploração e comercialização de diamantes de Angola.

Os caminhos da recuperação

Em 2009, dezenas de campos mineiros pararam a produção no País, afectando inclusivamente Catoca, considerada a maior mina de diamantes nacional, situada na Lunda-Sul, levando alguns dos gigantes mundiais do sector, como a russa Alrosa, a deixar o território nacional. Depois de milhares de trabalhadores despedidos e de maquinaria pesada danificada pela paragem da laboração, em 2010 o sector deu novo sinal de vida com o reinício da exploração.

Os efeitos da crise nos diamantes, no País, não foram ainda mais graves porque o Governo avançou como medida a aquisição de 'pedras' de modo a manter a laboração e minimizar o número de despedidos. Ultrapassado que está o problema, a Endiama está agora, segundo a administração da empresa, preparada para voltar à realidade pré-crise, nomeadamente nos investimentos e na retomada laboração em dezenas de minas paralisadas, como atesta a recente aprovação, pelo Conselho de Ministros, de sete projectos de exploração.

Rentabilizar os projectos mineiros das associadas e garantir as reservas diamantíferas que sustentam a produção da empresa constitui outro dos objectivos a alcançar pela administração da empresa em 2011. Entre outras metas projectadas para execução durante o ano em curso, consta também o aumento das receitas arrecadadas anualmente pela empresa, permitindo, assim, o incremento da contribuição fiscal da companhia.

Outro dos grandes propósitos da direcção da Endiama, para 2011, resume-se na recolocação de trabalhadores que se viram forçados a abraçar o mundo do desemprego, por força dos efeitos da crise mundial, que originou o encerramento de vários projectos diamantíferos. Para este ano, a empresa apostou igualmente forte na vertente de responsabilidade social para com seus funcionários.

Neste quadro, tem em curso um ambicioso programa que prevê a construção de, entre outras infra- estruturas, cerca de 2500 casas, na província da Lunda-Sul, para além de 105 apartamentos, em Luanda, que serão destinados aos seus trabalhadores. A companhia prevê também, ainda este ano, a construção de uma clínica, na Lunda-Sul.

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