Os trabalhos da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) foram suspensos enquanto eram transferidos para a capital do Chade os membros do Conselho Nacional de Transição (CNT, parlamento provisório com 135 elementos) centro-africano.

A votação do CNT é indispensável para uma mudança da Constituição provisória da República Centro Africana (RCA) que poderá levar à partida do Presidente Michel Djotodia, chegado ao poder em março de 2013 à frente da coligação rebelde Séléka que derrubou o presidente François Bozizé.

Os dirigentes da CEEAC, reunidos por iniciativa do Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, têm como primeira preocupação a paralisia total do poder de Bangui e a sua incapacidade de restabelecer a ordem num país confrontado há meses com violências inter-religiosas.

O secretário-geral da CEEAC, Allami Ahmat, disse à imprensa que a cimeira está a discutir a questão das autoridades de transição, mas assinalou que "a solução só pode vir dos centro-africanos (…)", pois "existe um regime, as suas instituições e uma Constituição" e "compete aos seus responsáveis decidirem o futuro do seu país".

Lusa / Expansão