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Mundo

Médio Oriente afecta petróleo

SEMANA DE 16 A 21 DE MAIO

Possível ataque de Israel às infraestruturas nucleares do Irão não impediram queda do petróleo. Possibilidade de redução das sanções contra grandes produtores sustenta o cenário de excesso de oferta global de crude.

No final da sessão desta quarta- -feira, os preços do barril de petróleo encerraram a semana com tendência de queda, apesar das notícias sobre uma possível preparação de um ataque de Israel às infraestruturas nucleares do Irão, baseadas em informações dos serviços secretos norte-americanos.

Durante a semana, os preços foram influenciados, essencialmente, pelas negociações entre os Estados Unidos e o Irão, que continuam a emitir sinais mistos. A expectativa de um acordo nuclear, que permitiria a entrada de um volume médio de cerca de 350 mil barris diários vindos do Irão, pressiona os preços, dado o risco crescente de excesso de oferta. Paralelamente, notícias de que as negociações entre a Rússia e a Ucrânia para um cessar-fogo também aumentam a pressão, à medida em que um eventual acordo poderá aliviar sanções e aumentar a oferta russa no mercado.

O crude tenta recuperar após uma queda acentuada de quase 16% em Abril, na sequência de um abrandamento do conflito comercial entre os EUA e a China.

Contudo, a contínua possibilidade de redução das sanções contra grandes produtores como Rússia e Irão, sustenta o cenário de excesso de oferta global. A combinação destes factores mantém o mercado sob pressão, com preços em tendência descendente na semana.

O WTI acumulou uma queda perto de 1% para 63 dólares e o Brent cedeu ligeiros 0,41% para 66 dólares por barril. As bolsas europeias registaram uma tendência de ganhos, numa semana marcada pela revisão em alta do Morgan Stanley para o sector bancário europeu, agora classificado como "atractivo", a reflectir a redução dos riscos de crescimento e a expectativa de rendimentos mais elevados. O principal índice do continente, Euro Stoxx 600, subiu 0,44% para 551,66pontos, seguido pelo FTSE 100 do Reino Unido, o PSI 20 de Portugal e o IBEX 35 da Espanha, a subirem mais de 1%.

Nos EUA os índices encerram a semana com ganhos modestos, com pessimismo dos investidores em torno da reprovação dos cortes de impostos pela maioria dos republicanos no Congresso e o corte do rating da dívida norte-americana pela agência Moody"s, justificada pela aumento, por mais de uma década, no endividamento do seu Governo.

Nos mercados asiáticos, destaque para o Shanghai Composite da China, que subiu 0,60%, numa semana em que o seu Governo decidiu cortar a taxa de juros de referência para mínimo histórico de 3%. E no Japão, o Nikkey 225 cedeu 1,20%, a reflectir a queda na procura das obrigações emitidas pelo Governo.

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