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Mundo

FIFA garantiu já um recorde de receitas

Antes da abertura oficial

Apesar de as receitas comerciais e o equilíbrio com as despesas não ser importante para o governo do Catar, para a FIFA é exactamente o contrário. O mundial de futebol é a maior fonte de receita da instituição, gerando valores que serão depois distribuídos pelo período de quatro anos que se segue à competição.

O organismo que gere o futebol fez saber que espera receber receitas deste mundial na ordem dos 4,7 mil milhões USD, um recorde face a edições anteriores. Este é o valor que irá para a FIFA, sendo que o retorno para a organização não foi avançado pelas autoridades do Catar. Destes 4,7 mil milhões USD que a instituição vai receber, 2,64 mil milhões USD são referentes a direitos televisivos (56% do total), 1,353 mil milhões (29%) são dos patrocínios recolhidos até ao momento, cerca de 500 milhões USD em bilhetes e "hospitality" já vendidos, aos quais se juntam mais 140 milhões de direitos de licenciamento para utilização do logo da FIFA nos diversos materiais promocionais e de merchandising.

A Global Data refere que houve uma queda de cerca de 16% no valor dos patrocínios em comparação com o Mundial do Brasil, que tinha tido a maior verba neste segmento da história da competição, fundamentalmente porque algumas marcas que, normalmente, aparecem numa fase posterior com patrocínios apenas para a competição, não quiseram desta vez associar a sua imagem à competição por causa da situação no Catar. E dois exemplos são a Sony e a Hummel, que anunciaram que não queriam estar ligados à organização do campeonato.

No entanto, é importante referir que houve um aumento do valor dos direitos televisivos. Para já parece que o facto de o campeonato se realizar pela primeira vez nesta época do ano gera maior interesse nas principais plataformas, sendo também importante salientar que houve uma adaptação das horas dos jogos para que estes chegassem em horário nobre aos maiores mercados - Europa, Estados Unidos e Ásia.

Patrocinadores chineses ultrapassam americanos

Os patrocinadores deste mundial são divididos fundamentalmente em dois grandes grupos - aqueles que são patrocinadores globais da FIFA com contratos de vários anos e para vários escalões (Qatar Airways, Visa, Adidas, Coca-Cola, Wanda e Hyundai) e os que foram negociados para este campeonato do mundo (Vivo, Hisense, McDonald"s, Budweiser, Mengniu Dairy, Cripto.com, Byju"s, entre outros). O mais recente contrato de patrocínio foi feito com a Qatar Energy, que se juntou a uma lista onde já estão 23 empresas com contratos globais.

Existem depois patrocinadores mais pequenos que estão associados aos locais onde se vão desenrolar as competições, estádios e centros de estágio, aos meios de transporte por onde vão circular os adeptos, e às fan zone, onde estarão os que não conseguirem ter bilhete para os estádios. Depois há os patrocinadores de cada uma das selecções, sendo que existem marcas, de que é exemplo a Coca- -Cola, que são patrocinadoras do evento no global, mas também de seis selecções individualmente.

Embora não existam dados concretos sobre o que cada marca investiu neste campeonato do mundo, um estudo da Global Data certificado pela Investment Monitor, apresenta os patrocínios por país de origem, para concluir que são as marcas chinesas que trazem mais dinheiro para este mundial.

De acordo com o mesmo, quatro empresas daquele país - Wanda Group (Imobiliária), Vivo (comunicações electrónicas), Hisense (electrónica) e Mengniu (produtos alimentares) - representam quase 207 milhões em patrocínios, ultrapassando as empresas americanas - Visa (serviços financeiros), Coca-Cola (bebidas), Budweiser (cerveja), McDonald"s (fast-food), Frito-Lay (snacks) e Algorand (criptodivisas) - que juntam apenas 129 milhões USD.

O estudo faz também referência que os patrocinadores do Catar - Qatar Airways (companhia de aviação), Qatar Energy (petrolífera nacional), The Look Company (agência de publicidade), Ooredoo (telecomunicações), Qatar National Bank (banco central) e Gulf Warehouse Company (seguros) - juntaram 134 milhões USD de patrocínios. Os restantes patrocinadores - o banco brasileiro Nubank, a marca alemã de artigos desportivos Adidas, a empresa indiana de educação Byju"s, a empresa mexicana de telecomunicações Claro, o fabricante coreano de automóveis Hyundai, o fabricante suíço de relógios Hublot, e a empresa de Singapura de criptodivisas Crypto.com - reuniram 184,5 milhões USD.

Relativamente à guerra dos equipamentos das equipas, a Nike conseguiu ganhar, vai equipar 13 selecções no Mundial do Catar, com desaque para a Inglaterra e Brasil, que são as mais valiosas deste campeonato (ver pág 4/5). A Adidas e a Puma vão equipar sete selecções cada, sendo que as restantes ficam distribuídas pela Kappa (Tunísia), Hummel (Dinamarca), Marathon (Equador), Le Coq Sportif (Camarões) e Uhlsport (Irão).

(Leia o artigo integral na edição 701 do Expansão, de sexta-feira, dia 18 de Novembro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)