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Petróleo recua com medo de política monetária

SEMANA DE 26 DE JANEIRO A 1 DE FEVEREIRO

Os preços do petróleo registaram um saldo negativo devido aos receios em torno das reuniões da OPEP, sobre a manutenção do acordo de corte da produção, e tendência das decisões de política monetária da Fed e do BCE.

Os preços do petróleo negociaram entre ganhos e perdas ao longo das sessões da última semana, tendo acumulado um saldo negativo. O West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, perdeu 0,66% para 79,63 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as exportações angolanas, desvalorizou 0,05% para 86,12 dólares por barril.

A indecisão tomou conta dos investidores que, por um lado, esperavam pela decisão da reunião do Comité Ministerial Conjunto de Monitorização da Organização dos Países Exportadores do Petróleo, sobre a manutenção do acordo de corte da oferta em 2 milhões de barris por dia, assinado em Outubro do ano passado, que correspondem a cerca de 2% da procura mundial, entre Novembro de 2022 e Dezembro de 2023.

Por outro lado, gerou-se, também, expectativas quanto às reuniões de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos da América, do Banco de Inglaterra e do Banco Central Europeu, sobre o aumento dos juros directores. No mercado accionista, os índices das principais bolsas do mundo negociaram em alta. Os investidores mostraram-se optimistas quanto aos resultados trimestrais apresentados pelas grandes empresas cotadas, que têm sido acima das expectativas.

Adicionalmente, o mercado absorveu a expectativa gerada pelas reuniões dos principais bancos centrais sobre o futuro das políticas monetárias restritivas. Entre os principais índices, nos EUA destacou-se o tecnológico NASDAQ, que encerrou a semana com saldo positivo de 2,21%. Na Europa, o IBEX 35 da Espanha foi o que mais valorizou na semana, 1,49%.

Por fim, os últimos sete dias ficaram marcados pela divulgação do World Economic Outlook, do FMI, de Janeiro, onde o fundo prevê que o crescimento da economia mundial vai desacelerar de 3,4% em 2022 para 2,9% em 2023. As previsões actualizadas do Fundo Monetário Internacional são mais optimistas do que as divulgadas em Outubro passado, quando o fundo previa um crescimento de 2,7% em 2023. O FMI descarta uma recessão global para este ano, devido a uma resiliência acima do esperado em várias economias.