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Opinião

As pistas do OGE 2022, o que podemos esperar?

Convidado

O nível de precariedade, miséria extrema e fome ganharam acento tónico em muitos angolanos

Entre os muitos documentos produzidos pelo Executivo Angolano, a proposta de Orçamento Geral do Estado (OGE) ganha e merece destaque pois, por meio dele, perspectivas económicas sobre a evolução da economia nacional são formadas e os agentes económicos vêem nele, os pseudo-sinais de alterações sobre o seu nível de bem-estar.

Em sede da 10.ª reunião ordinária do conselho de ministros, realizada no dia 28 de Outubro de 2021, tomámos conhecimento, através das diversas cadeias televisivas e dos principais jornais em circulação no país, que foi aprovada, em sede daquela reunião ordinária, a proposta de OGE remetida à Assembleia Nacional e, embora tenham sido avançados poucos detalhes sobre o documento, alguns aspectos permitem-nos prever o restante, bem como criar certas expectativas (boas ou más) e expressar alguns anseios.

A primeira de todas tem a ver com as expectativas referentes à evolução dos níveis de preços (inflação) no mercado nacional, sendo que o Executivo perspectiva uma taxa de inflação na ordem de 18%. Antes de tudo, o simples facto de se prever uma alteração, isto é, um aumento em mais 18% sobre os níveis de preço já é um forte indício de que o poder de compra dos agentes económicos poderá ser afectado, pois, ainda que com a redução do IVA de 14% para 7%, assunto que abordaremos mais adiante, o simples facto da inflação (perspectiva) superar aquela redução, ainda que os níveis de preço baixem na igual proporção a redução do IVA (situação pouco provável), os efeitos seriam diluídos pela própria inflação que os tornará irrelevantes (em termos reais) no que se refere à melhoria da qualidade do poder de compra.

* mestre em Economia e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 650 do Expansão, de quarta-feira, dia 10 de Novembro 2021, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)