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Opinião

Como estaremos amanhã? Mendigos!

Convidado

Uma nação vale pela grandeza dos seus cidadãos, dos seus valores, pelo peso que têm sobre o seu país, na tomada de decisões, em acudir situações calamitosas, em participar nelas activamente, dando-lhes oportunidades nos dossiers que decidem o rumo do país, das pessoas, das gerações.

Matematicamente, até porque os números não mentem, ainda que no reporte estatístico haja uma margem de erro, que acreditamos ser curta, na comparação entre o real e o reportado assistimos que este cidadão que foi descrito acima, não poderá desempenhar o seu papel na nação que lhe pertence, por se encontrar numa situação dependente e frágil, a julgar pelos gráficos, estão em situação submissa. Posição de subservientes, pedintes, ou mesmo, mendigos.

A China serve-nos de referência pelas políticas que tem levado a cabo, no sentido de empoderar os seus cidadãos. Exemplo a ter em conta, quando os consumidores criam riqueza gradualmente; cerca de 800 milhões de chineses estão conectados e acessam à internet regularmente; há previsão de que até 2025, 75% da população se converta em classe média. É assim que assistimos ao surgimento de milionários chineses e uma classe média forte.

Todavia, temos como outro exemplo o Brasil, no governo Lula, que tirou mais de 20 milhões de pessoas da linha da pobreza em cinco anos, entre os anos de 2003 e 2008, através do Bolsa Família e outros incentivos.

Para compreensão da distribuição da População Economicamente Activa (PEA) por sectores de actividade, primeiramente descrimino os grupos e áreas que nela fazem parte: (i) Primário; que abrange a agropecuária, caça, pesca, etc.; (ii) secundário; que abrange indústria de transformação, da construção civil, e da mineração; (iii) terciário; que abrange prestação de serviços, comércio, transporte, comunicações, actividades liberais, funcionalismo público, educação e outras.

Segundo os dados do INE, o sector primário absorve mais de metade da população empregada, cerca de 55,3%, e uma taxa de emprego na área rural até ao segundo trimestre de 2021 de 78,5%. Neste sector, a previsão da produtividade para os anos de 2021, 2022, 2023 e 2024 é de -4%, -1,5%, -1,5%, e -2,5%, respectivamente, insuficiente para criar riqueza, mais valias para as famílias envolvidas neste sector.

*Economista e docente universitário

(Leia o artigo integral na edição 640 do Expansão, de sexta-feira, dia 03 de Setembro de 2021, em papel ou versão digital com pagamento em Kwanzas. Saiba mais aqui)