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Opinião

O combustível desviado pode alimentar a guerra na RDC

IDEIAS & VISÕES

A luta contra esta gangue precisa de ser concertada com muito detalhe. Creio mesmo, que o objectivo deles não é apenas económico. É, também político e militar. Não nos esqueçamos que a República Democrática do Congo (RDC) está em guerra. Esse combustível pode estar a alimentar, também, o conflito na RDC.

O combustível é um bem público para consumo interno, um património colectivo que pertence a todos nós colectivamente. Ninguém, individualmente, tem o direito de desviar esse bem para objectivos privados ou individuais. É perversão, insensatez que nos horroriza.

O tráfico de combustível nas fronteiras das províncias do Cunene, Lundas-Norte e Sul, com maior incidência na província do Zaire, ganhou contornos alarmantes que podem evoluir para cenas de faroeste.

O problema antigo, e conhecido por todos, ganhou repercussão com as reportagens da TPA em 2023, sem solução.

Agora, o próprio governador da província do Zaire, quase de joelhos aos pés do Presidente João Lourenço, suplicou por ajuda, uma vez que se viu incapaz de resolver o problema, tendo em conta as figuras envolvidas no crime.

Do que se pode inferir das súplicas de Adriano Mendes de Carvalho, individualmente, ele precisa de protecção reforçada. Há uma mafia gigante envolvida cujo tamanho e poder Mendes de Carvalho não tem força de travar.

Olhando para o que se passa na província do Zaire, não é difícil fazer uma analogia com o que se passa com a venda e comercialização da moeda nacional, e de divisas, no Mártires de Kifangondo.

Também não é difícil chegar- -se à conclusão de que aquela turba de estrangeiros oeste africanos e do norte, que todos os dias polui a rua 15 e não só naquele bairro, talvez encobrem outros ilícitos. Zombando do angolano honesto e trabalhador, ostentam a sol aberto e ao vivo bens, e viaturas de alta cilindrada, comercializando kwanzas e divisas, sob o olhar silencioso e conivente das autoridades.

O pedido do governador Adriano Mendes ao Presidente João Lourenço consolida a ideia generalidada dos cidadãos de que há, cada vez mais, uma degradação visível da autoridade do Estado. E a confirmação do General Francisco Pereira Furtado, chefe da Casa Militar do Presidente da República, de que há mafiosos no alto escalão do poder comprovam tais suspeitas.

Afinal, estão mesmo envolvidos ministros, generais, altas patentes da Polícia Nacional e ex-governantes. É raia pesada e o buraco é profundo e perigoso. Mendes de Carvalho não pode pará-los sozinho.

A luta contra esta gangue precisa de ser concertada com muito detalhe. Creio mesmo, que o objectivo deles não é apenas económico. É, também político e militar. Não nos esqueçamos que a República Democrática do Congo (RDC) está em guerra. Esse combustível pode estar a alimentar, também, o conflito na RDC.

Esta quadrilha pretende enfraquecer o Estado Angolano, e talvez, até derrubá-lo. A história não guarda memória de tanta ousadia de afronta ao Estado e de um dirigente incapaz de governar a sua província por causa de uma gangue de criminosos.

A disputa contra o governo a qualquer custo, e impunemente, tem de ser desmantelada, combatida e expurgada.

Agora, é necessário que conheçamos os membros da quadrilha. Quem são esses mafiosos infiltrados no Executivo, nas Forças Armadas, na Polícia Nacional e quem são esses ex-governantes associados ao crime organizado.

Enfim, o Executivo deve limpar a sua imagem e, por arrasto, o MPLA, partido que governa sobre quem estão a colocar o fardo das consequências. Se isso não for feito, os cidadãos hão-de cobrar o preço do silêncio, da inacção diante desta catástrofe económica e social que esses indivíduos estão a provocar.

O combustível é um bem público para consumo interno, um património colectivo que pertence a todos nós colectivamente. Ninguém, individualmente, tem o direito de desviar esse bem para objectivos privados ou individuais. É perversão, insensatez que nos horroriza.

O tráfico de combustível nas fronteiras das províncias do Cunene, Lundas-Norte e Sul, com maior incidência na província do Zaire, ganhou contornos alarmantes que podem evoluir para cenas de faroeste.

O problema antigo, e conhecido por todos, ganhou repercussão com as reportagens da TPA em 2023, sem solução.

Agora, o próprio governador da província do Zaire, quase de joelhos aos pés do Presidente João Lourenço, suplicou por ajuda, uma vez que se viu incapaz de resolver o problema, tendo em conta as figuras envolvidas no crime.

Do que se pode inferir das súplicas de Adriano Mendes de Carvalho, individualmente, ele precisa de protecção reforçada. Há uma mafia gigante envolvida cujo tamanho e poder Mendes de Carvalho não tem força de travar.

Olhando para o que se passa na província do Zaire, não é difícil fazer uma analogia com o que se passa com a venda e comercialização da moeda nacional, e de divisas, no Mártires de Kifangondo.

Também não é difícil chegar- -se à conclusão de que aquela turba de estrangeiros oeste africanos e do norte, que todos os dias polui a rua 15 e não só naquele bairro, talvez encobrem outros ilícitos. Zombando do angolano honesto e trabalhador, ostentam a sol aberto e ao vivo bens, e viaturas de alta cilindrada, comercializando kwanzas e divisas, sob o olhar silencioso e conivente das autoridades.

O pedido do governador Adriano Mendes ao Presidente João Lourenço consolida a ideia generalidada dos cidadãos de que há, cada vez mais, uma degradação visível da autoridade do Estado. E a confirmação do General Francisco Pereira Furtado, chefe da Casa Militar do Presidente da República, de que há mafiosos no alto escalão do poder comprovam tais suspeitas.

Afinal, estão mesmo envolvidos ministros, generais, altas patentes da Polícia Nacional e ex-governantes. É raia pesada e o buraco é profundo e perigoso. Mendes de Carvalho não pode pará-los sozinho.

A luta contra esta gangue precisa de ser concertada com muito detalhe. Creio mesmo, que o objectivo deles não é apenas económico. É, também político e militar. Não nos esqueçamos que a República Democrática do Congo (RDC) está em guerra. Esse combustível pode estar a alimentar, também, o conflito na RDC.

Esta quadrilha pretende enfraquecer o Estado Angolano, e talvez, até derrubá-lo. A história não guarda memória de tanta ousadia de afronta ao Estado e de um dirigente incapaz de governar a sua província por causa de uma gangue de criminosos.

A disputa contra o governo a qualquer custo, e impunemente, tem de ser desmantelada, combatida e expurgada.

Agora, é necessário que conheçamos os membros da quadrilha. Quem são esses mafiosos infiltrados no Executivo, nas Forças Armadas, na Polícia Nacional e quem são esses ex-governantes associados ao crime organizado.

Enfim, o Executivo deve limpar a sua imagem e, por arrasto, o MPLA, partido que governa sobre quem estão a colocar o fardo das consequências. Se isso não for feito, os cidadãos hão-de cobrar o preço do silêncio, da inacção diante desta catástrofe económica e social que esses indivíduos estão a provocar.

Edição 795 do Expansão, de sexta-feira, dia 27 de Setembro de 2024

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