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Universidade

África do Sul tem 9 entre as 18 melhores universidades de África

RANKING ACADÉMICO SHANGHAI 2022

O continente africano tem apenas 18 universidades entre as 1.000 melhores do mundo, no Ranking Académico de Shanghai de 2022. Das 18 universidades, nove são da África do Sul, que mantém a Universidade da Cidade de Cabo em primeiro lugar no continente desde 2003. Angola não aparece no ranking.

Na lusofonia, o Brasil tem 21 universidades no ranking, com a Universidade de São Paulo entre as 200 melhores. Já Portugal tem seis representações. Universidade de Lisboa está entre as 300, mesmo lote que a da Cidade de Cabo. Artigos científicos publicados na revista Nature and Science é um dos critérios. O ranking é liderado há 20 anos pela Universidade de Harvard dos Estados Unidos da América.

O ranking classifica a posição das 100 primeiras instituições de ensino, sendo que as restantes são colocadas em lotes de 100 universidades, e nestes, pelo facto de as universidades se equivalerem muito, são listadas por ordem alfabética. Em África, o Egipto é o segundo país mais representado no ranking, com sete universidades. A Universidade de Adis Abeba (Etiópia) entre as 800 e Universidade de Ibadan da Nigéria no lote das 900 completam as 18 presenças africanas. Angola não tem nenhuma na lista.

A Universidade de Tunis El Manar (Tunísia), que fazia parte do ranking, desde 2017, ficou de fora desta vez. Não passou entre as mais de 2.500 examinadas. Os dados dão conta que as universidades egípcias têm vindo a ganhar terreno, já que a universidade do Cairo subiu para o Top das 400 quando em 2021 fazia parte das 500 melhores. Junta-se também o facto de, em cinco anos, sair de quatro representações na classificação para sete em 2022.

A subida no ranking da universidade da capital egípcia posiciona a instituição no segundo lugar de África, empurrando a Universidade de Wirwatersrand da África do Sul para a terceira posição. Segue-se depois três universidades sul-africanas, a Universidade de Stellenbosch, a Universidade de Joanesburgo e a de Pretória, todas entre as 400 melhores.

Critérios do ranking

O ranking académico de Shanghai considera prémios Nobel e medalhas Fields ganhas por antigos estudantes ou docentes das instituições, número de artigos publicados na revista científica Nature and Science e pesquisadores "altamente citados" como critérios de peso.

De acordo com um investigador da Universidade Agostinho Neto (UAN), que prefere o anonimato, a presença destes países neste ranking, "que é dos mais credíveis do mundo", é fruto da tradição académica destes países e, sobretudo, do forte investimento que têm feito no sistema de educação. "Em Angola, os docentes ocu[1]pam mais de 90% de tempo em salas de aulas. Não há investigação científica muito por conta da fraca capacidade intelectual dos docentes, que é consequência do ensino precário que temos. Não há como chegar a estas classificações", disse o investigador ao Expansão.

Na lusofonia, Brasil tem 21 universidades no ranking, com a Universidade de São Paulo entre as 200 melhores. Já Portugal tem seis representações - menos três que África do Sul - e a mais bem posicionada é a Universidade de Lisboa, que está no mesmo lote que a Universidade da Cidade de Cabo, ou seja, entre as 300 melhores.

O Top 10 do Ranking Académico de Shanghai é liderado por oito universidades dos EUA com a intromissão de duas universidades do Reino Unido. A primeira da lista é a Universidade de Harvard, depois a de Stanford, que se mantém na segunda posição. O Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) subiu um lugar e ultrapassou a Universidade britânica de Cambridge, que desceu para 4ª posição. Nos lugares seguintes, por ordem decrescente, estão a Universidade de Berkeley, Princeton, Oxford (Reino Unido), Columbia, Caltech e Chicago.

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