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Universidade

INAAREES avalia 116 cursos de saúde nesta segunda fase

AVALIADORES ESTARÃO ESPALHADOS EM 14 DAS 18 PROVÍNCIAS DO PAÍS

Os avaliadores vão analisar o perfil dos cursos em relação ao currículo, empregabilidade, corpo estudantil, infra-estruturas, laboratórios, entre outras componentes. O processo de avaliação externa vai contar com a participação de 275 especialistas estrangeiros, espalhados por 14 províncias do país.

O Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAAREES) iniciou, esta semana, a segunda fase do processo de avaliação externa de 116 cursos de saúde ministrados em 50 instituições de ensino superior, localizadas em 14 das 18 províncias do País.

"As equipas já foram para as 14 províncias para, em quatro dias, avaliarem todo o universo do subsistema do ensino superior, seja público ou privado. Estarão envolvidos neste processo 275 avaliadores externos", explica Jesus Tomé, director-geral do instituto.

Os avaliadores vão analisar o perfil dos cursos ligados ao currículo, empregabilidade, corpo estudantil, infra-estruturas, laboratórios, corpo docente, gestão, investigação, legislação em vigor e pessoal técnico administrativo, entre outros recursos fundamentais, para aferir a qualidade de formação dos profissionais nesta área.

Entre estes indicadores, há cinco que são obrigatórios: currículos, corpo docente, extensão universitária, investigação científica e infra-estrutura.

Este é o "remate final" da avaliação dos cursos de medicina e ciências da saúde para aferir a sua qualidade e projectar o futuro dos profissionais destas áreas com base nos indicadores aceites internacionalmente.

As instituições que não forem acreditadas neste processo terão dois anos para confirmarem todos os indicadores. É esse o caso da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, a mais antiga do país, que viu os seus cursos chumbados pelos avaliadores e vai ficar dois anos sem inscrever novos estudantes até corrigir todos os erros identificados pelos avaliadores externos.

Na fase subsequente, de acordo com o director do instituto, Jesus Tomé, serão avaliados os cursos ligados a Ciências da Educação, depois os cursos de Engenharia e Tecnologias, Ciências Naturais, Matemáticas, Ciências Agrárias, entre outros. Posteriormente, os cursos de pós-graduação.

Huambo entre as províncias alvo de avaliação

Nos próximos quatro dias, uma comissão externa constituída por 20 especialistas, vai analisar o perfil dos cursos de saúde ministrados nos institutos superiores politécnicos da Caála, de Humanidades e Tecnologias- -Ekuikui II, Lusíada e Sol Nascente, na província do Huambo.

Constam na avaliação os cursos de Análises Clínicas e Saúde Pública, Enfermagem Geral, Farmácia, Psicologia Clínica e Cardiopneumologia, entre outros da área da saúde, que já concluíram um ciclo de formação de diplomados.

Recorde-se que, na primeira fase, o Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior acreditou sete cursos de saúde, num universo de 30 cursos avaliados, que decorreu de 2 a 6 de Outubro de 2023. Dos 30 cursos de saúde, nove foram de Medicina e 21 de outras ciências da saúde, como análises clínicas, ciências farmacêuticas e enfermagem.

Foram avaliados os cursos ministrados nas Universidades Mandume Ya Ndemufayo, 11 de Novembro, Rainha Njinga Mbandi, Privada de Angola, Jean Piaget e o Instituto Superior Técnico Militar, Agostinho Neto, Universidade Katyavala Bwila e Universidade José Eduardo do Santos.

Neste período, o processo de avaliação externa de cursos contou com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros (do Brasil, Cabo Verde, Cuba, Moçambique, RDC, Zimbabué, Portugal e São Tomé e Príncipe).

É a primeira vez que acontece um processo deste género na história do País, que conta com mais de 100 universidades públicas e privadas, onde as últimas são as maiores.

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