Renovação e candidaturas a bolsas prorrogadas até 10 de Novembro
Estava previsto para o dia 31 de Outubro o fim dos dois processos, mas questões financeiras fizeram com que o INAGBE prorrogasse o prazo para Novembro. Bolseiros que não renovarem poderão ficar sem o subsídio. Neste ano lectivo, as bolsas reduziram 8%, para um total de 10.500 vagas.
O Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) prorrogou para o dia 10 de Novembro o prazo para renovação e candidaturas a bolsas de estudo internas, que estavam para terminar no dia 31 de Outubro.
De acordo com o director-geral do instituto, a principal razão do adiamento está relacionada com questões de ordem financeira, embora a renovação seja da responsabilidade das instituições de ensino superior.
Não tem sido prática acontecer em simultâneo o processo de renovação e candidaturas das bolsas, mas segundo o director adaptou-se este mecanismo para que, tanto uma como outra, termine ao mesmo tempo e todos os bolseiros recebam os seus subsídios na mesma altura.
"A ideia é que tão logo termine a renovação também consigamos terminar o processo de selecção de novas candidaturas, para que até Dezembro, e no limite Janeiro, estejamos em condições para fazer pagamentos tanto para antigos como para novos bolseiros".
Os bolseiros recebem um valor mensal de 55 mil Kz para os bolseiros de graduação e 100 mil Kz para os de pós-graduação.
Para renovar uma bolsa de estudos interna, os estudantes devem apresentar a cópia do BI, declaração com as notas do ano académico anterior, declaração de frequência actualizada e relatório de progresso para os estudantes que frequentam os cursos de pós-graduação a partir do 2.º ano, entre outros.
Neste ano lectivo, as bolsas reduziram 8% para 10.500, mas para "compensar" essa redução Milton Chivela explicou que o governo tem um programa de bolsas que está a ser financiado pelo Banco Mundial, num valor total de 150 milhões USD, e pela parceria global para a educação. Este programa tem disponíveis 1.354 bolsas.
Esta bolsa de graduação é dirigida a estudantes em formação nos Institutos Superiores de Ciências da Educação (ISCED) e nas Escolas Superiores Pedagógicas em cursos nas áreas de Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM) para o presente ano lectivo. O programa de bolsas de estudo "Professor do futuro" tem como objectivo aumentar o número de professores nas áreas de matemática, artes, biologia, física e química.
"O Governo tem estado a trabalhar para que os estudantes tenham mais ofertas, independentemente dos programas já existentes sob tutela do Governo, mas que exista uma diversidade de outras proveniências. Temos tido ofertas de países como Portugal, Brasil, Hungria, Sérvia e Egipto, então são esses países que continuam a apoiar Angola na formação de quadros via bolsas".
As constantes reclamações de bolseiros que não faziam provas por falta de pagamento da propina fruto do atraso no pagamento dos subsídios estão quase ultrapassadas porque as instituições de ensino superior interagem directamente com o instituto com ou sem pagamento.
"Embora ainda exista um ou outro que apareça com reclamação, é mais por questões que têm a ver com o processo de renovação. O estudante que não renova, por exemplo, dentro dos prazos que foram estabelecidos e fizeram-no a posteriori por várias razões acabaram por ter atrasos. De modo geral, a relação com as instituições tem funcionado bem e essa relação tem resolvido muitas situações menos boas que vivíamos", explica.
Recorde-se que o Governo não vai enviar mais bolseiros para o exterior dentro do programa de envio anual de 300 licenciados e mestres para as melhores universidades do mundo por dificuldades financeiras. O programa fica assim "congelado" na quinta edição, quando estão a terminar a formação os últimos bolseiros desta edição.