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"O nosso compromisso com o País e as pessoas é maior que as nossas necessidades psicológicas"

OS TUNEZA

Formados em distintas áreas do saber, mas unidos há 21 anos pela arte do humor. Com "Tropa d"Os Tuneza", os artistas regressaram às telas dos angolanos com mais 18 novos talentos. Ao Expansão os humoristas defendem que o Estado tem que criar condições para que os artistas continuem a progredir.

Recentemente começaram um novo projecto. Como está correr?

O projecto é a nova temporada dos "Tropa d"Os Tuneza" que foi gravado em Portugal, entre Março e Abril deste ano. Estreou no dia 27 de Julho e está a passar na DSTV, na posição 563, todos os sábados das 21 às 22 horas. Neste projecto tiramos de Angola, com tudo pago, 18 elementos para fazerem humor. Trata-se de um projecto que estamos a fazer já a caminho de sete anos, estamos a fazer com muito amor e carinho. Garantimos que nesta nova roupagem do Tropa, levamos grandes humoristas, o mercado cresceu muito e com muito talento. Acreditamos que daqui a mais 10, 15 anos vamos ter monstros no humor. Somos felizes, porque entramos numa fase de renascimento daquilo que é a arte do humor.

O que significa para vocês o surgimento desses talentos?

Uma grande vitória, por saber que o género está a crescer. E é bom quando o género cresce, porque só há competitividade e só há procura de qualidade quando o género cresce. O humor cresceu e cresceu muito a nível nacional.

Cresceu em número - e em qualidade?

Cresceu em termos de número e de qualidade. Anteriormente era só Luanda. Agora já não, agora conseguimos ver em algumas províncias também alguns humoristas a fazerem os seus trabalhos e a fazerem bem. Isso para o grupo é um ganho.

Temos mercado para tantos humoristas?

Vai se expandindo e hoje em Angola há a cultura de espectáculos de bar, por falta também de salas, e aproveitamos para deixar um repto aqui ao governo: nas políticas públicas e na visão do Estado, é importante que na massificação cultural se comece a olhar para a questão do investimento em salas de espectáculos com qualidade. Já há vontade do povo em aderir aos espectáculos, só não tem onde ir ver um espectáculo de facto, onde a concentração esteja única e exclusivamente no artista e no espectáculo. Ainda temos que adaptar salas, restaurantes e bares.

Essa dinâmica também pode abrir novas oportunidades.

É nesses sítios que muitos humoristas estão a despontar com muito sacrifício, porque é um sítio muito difícil devido ao ambiente não propício. Também já temos algumas instituições públicas e privadas que nos seus eventos vão chamando um ou outro humorista. Então, já temos um mercado bastante vasto para os humoristas em Angola.

Há algum motivo específico que faça com que as gravações sejam em Portugal?

Sim, a produtora e o projecto é do canal Star Mundo, que pertence à Disney, e dentro da sua visão global de também enquadrar outras culturas na sua grelha de programas, Angola é o representante dos PALOPs neste canal. Portanto, é graças ao humor dos Tuneza, em especial e particular, que o canal Star Mundo percebeu sermos nós os únicos com capacidade para criar conteúdos de qualidade para expandir pelos PALOPs. E isso é algo que deve deixar-nos bastante felizes, porque é um canal com dimensão internacional e ter Angola para entreter os PALOP"s é uma grande coisa. Logo, como a produtora não é angolana, o canal não é exclusivamente angolano, eis a razão pela qual nós produzimos fora.

E os custos com a produção?

A segunda razão tem a ver com a qualidade, quer qualidade em termos de recursos humanos, quer qualidade em termos de qualidade de imagem, quer qualidade em termos de meios de produção. É muito mais vasto e é mais barato gravar lá do que cá.

O programa está a ser emitido num canal fechado. Quando regressam num canal aberto?

Bem, isso depende muito, os canais fechados têm um cunho financeiro e os canais abertos dependem muito de patrocínios. Se não tiverem um patrocínio, não conseguem pagar salários, comprar material de caracterização, a indumentária toda.

De quem é a responsabilidade dos conteúdos do programa?

São dois momentos muito diferentes, bonitos e separados. Nós criamos o conteúdo daquele que é o corpo do programa. E os humoristas vêm com os seus próprios conteúdos para fazerem aquilo que é a sua parte do concurso. As suas apresentações são com piadas que eles próprios criam, verificadas por nós, claro, e todo um vasto número de pessoas que controlam para que não haja plágio.

Leia o artigo integral na edição 788 do Expansão, de sexta-feira, dia 9 de Agosto de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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