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Produção angolana sobre albinismo em concursos internacionais

DOCUMENTÁRIO "13 DE JUNHO" DA COMUNIDADE KUENDA

Albinismo, violência doméstica, empoderamento feminino, saúde preventiva estão entre as actividades desenvolvidas pela Associação Tribo Global Kuenda, que dinamiza actividades de inclusão social. Os prémios ganhos pelo documentário "13 de Junho" comprovam os esforços.

O documentário "13 de Junho", que fala sobre os desafios e avanços do albinismo em Angola, está a concorrer em mais uma competição internacional, o concurso King Films Awards.

Isto acontece depois de a produção ter sido reconhecida e premiada em outros dois grandes concursos internacionais, nomeadamente o London Arthouse Film Festival, onde foi o "Melhor Documentário Curta Metragem" e "Melhor Videoclipe", em Dezembro de 2022 e, mais recentemente o Venus Community Awards, como "Melhor Documentário", em Maio de 2023.

Na pelicula que aborda muitas questões sobre o albinismo, as pessoas da comunidade manifestam os seus problemas pessoais e aqueles que afectam todos os membros, como é o caso dos preços dos produtos de higiene pessoal que custam de 5 mil Kz a 30 mil Kz, num país que estima ter 6 mil pessoas com albinismo. A isto juntam-se os desafios contra a discriminação, o preconceito, a exclusão social e os mitos em torno desta condição, sendo que em países como a África do Sul, Tanzânia e o Quénia (e também em Angola) os albinos chegam a ser mortos.

Esta luta é levada a cabo por várias associações em prol do albinismo. Mas o documentário em causa tem a marca da Associação Tribo Global Kuenda, de que é presidente o músico Lauro Cassule, ou como é conhecido no mundo artístico "Cié" ou Cientista.

Depois de decidir seguir a carreia a solo, saindo do grupo "Os Originais", o activismo social tem sido um dos pilares das suas realizações.

O activismo iniciou-se através da música, mas agora Lauro Cassule "Cié" leva essa ideia de forma mais concreta nos planos traçados pela Associação Tribo Global Kuenda (TGK). A Associação, que existe desde 2015, actua em comunicação para o desenvolvimento, apoiando diversas ONG"s e dinamiza a criação de conteúdos para maior consciencialização da sociedade, como violência doméstica, empoderamento feminino, saúde preventiva, entre outras.

Aliás, o cantor, produtor e engenheiro de som disse mesmo que o activismo social sempre interagiu com as realidades de distintas localidades, principalmente no interior do País, onde tinham concertos marcados e fizeram vários espectáculos.

"Isto fez-me abraçar causas de grupos comunitários mais vulneráveis por via do activismo social", referiu. Enquanto desenvolvia a sua carreira a solo, Cié tomou a decisão de dar maior vigor ao seu lado solidário, e foi então que surgiu a ideia da Associação Tribo Global Kuenda ou Comunidade Kuenda, para estar melhor organizado e poder levar a cabo actividades que impactam de forma positiva nas comunidades que apoiam.

Mesmo na fase em que se afirmava no mercado da música sem o apoio do grupo, Cié lançou temas cujas mensagens estavam ligadas à saúde, como a luta e prevenção contra o HIV/SIDA, a luta contra a poliomielite, sarampo e do Fórum Nacional de Nutrição, isto por volta de 2014. Foi então que, em 2015, criou a comunidade Kuenda.

Hoje a Associação tem 15 membros físicos, mas fruto do contexto social imposto pela pandemia da Covid-19, a comunidade virtual cresceu para 5.000 membros.

Leia o artigo integral na edição 739 do Expansão, de sexta-feira, dia 25 de Agosto de 2023, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui).

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