Cabinda necessita de um porto pesqueiro
A província de Cabinda necessita de uma estrutura de acostagem (Porto Pesqueiro), para que os armadores de outras províncias possam vir vender o seu pescado, defende o secretário provincial de Pescas.
Tati Luemba, que falava à Angop, argumentou que devido à falta de porto pesqueiro na região, os armadores não aceitam trazer suas embarcações a Cabinda por ser mais onerosa a operação de descarga.
O responsável reconheceu que apesar dos esforços do Governo no sentido de aumentar a oferta de produtos pesqueiros na região, constitui um imperativo a intervenção do resto do mercado nacional, porque a demanda supera a capacidade de captura local.
Desde o início deste ano as estatísticas apontam para um total de 4.540 toneladas de peixe capturado localmente, um volume que é insuficiente em comparação com a procura.
O dirigente defendeu também a necessidade de um estaleiro naval na província, que possa assegurar a reparação das embarcações com vista à sua normal operacionalidade.
Em 2012, a província contou com 576 embarcações de pesca artesanal, das quais 224 chatas, 333 pirogas, 15 canoas e quatro catrongas.
Para a conservação e congelação de peixe existem 18 câmaras de frio e contentores frigoríficos, sendo que 10 estão paralisadas.
O sector controla pelo menos dois mil pescadores de pesca artesanal marítima como continental (rios e lagoas), 54 grupos de interesse de pescadores organizados, quatro cooperativas de pescadores, duas associações, 178 famílias envolvidas na pesca continental, 75 iniciativas de piscicultura e 380 peixeiras.
Angop