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Angola

Falta de passageiros retira TAAG do Uíge e do Bié até Junho

LIGAÇÃO COM ACCRA (GANA) TAMBÉM FOI SUSPENSA

Economista fala em estratégia devido à necessidade de rentabilizar a empresa, numa fase em que já não beneficia dos subsídios do Estado.

A TAAG - Linhas Aéreas de Angola informou, terça-feira, 14, que vai deixar de operar em dois destinos domésticos, Uíge e Cuito (Bié), e um regional, Acra, capital do Gana, com efeitos imediatos na sua programação geral de voos. Esta decisão é tomada sem que as viagens aéreas para o Uige tenham completado um ano, após o "jejum" de 23 anos sem receber um avião.

Em comunicado, a transportadora de bandeira justifica esta suspensão temporária das ligações com base nos dados operacionais, visando ajustar o seu plano comercial paraa "assegurar uma utilização mais racional e eficiente da frota".

"Esta decisão tem um carácter provisório e será reapreciada novamente no dia 1 de Junho de 2023, a fim de se averiguar sobre as condições de retoma das rotas", lê-se.

O economista Salvador Calueto disse ao Expansão que esta decisão da TAAG deve ser bem analisada, pois acredita que os custos operacionais das referidas rotas domésticas e regionais devem ser superiores à demanda de passageiros.

"A TAAG já não é subsidiada e deve ter facturação própria para auto sustentar-se", disse o economista, para defender que a empresa "está sob gestão comercial, convertida à sua rentabilização e precisa de sobreviver e tomar decisões sustentáveis", explica Calueto.

Quanto à retirada dos voos do Uíge antes mesmo de completar um ano de operações, o especialista disse que a prospecção de investimentos tem custos de oportunidade. E levanta a hipótese da companhia ter-se baseado num estudo primário e depois, com o início da operação, ter percebido que as rotas não são rentáveis. "A TAAG não toma estas decisões de ânimo leve com o objectivo de prejudicar a empresa", acredita.

O mesmo acontece com a rota para Acra, sendo que o economista assinala a ausência de grandes trocas comerciais e económicas entre Angola e aquele país. O mesmo acontece com a necessidade de conexões com outras rotas que comecem ou terminem em Luanda.

"Os voos precisam de ser rentabilizados", remata Salvador Calueto.

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