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Indústria transformadora mantém IPI em terreno positivo no III trim. de 2021

Angola

O Índice de Produção Industrial que avalia a produção em Angola nas indústrias extractiva e transformadora, bem como na distribuição de electricidade e captação e distribuição de água, está há dois trimestres consecutivos em terreno positivo, o que é uma raridade nos últimos anos.

A produção industrial em Angola manteve a marcha de crescimento depois de subir 3,0% no III trimestre de 2021 face a igual período de 2020, suportada sobretudo pela evolução positiva nas indústrias transformadoras (crescimento de 10,6%) e pela produção e distribuição de electricidade, gás e vapor (8,7%), indicam os dados do relatório sobre o Índice de Produção Industrial (IPI), publicado pelo INE em Dezembro último. Comparativamente ao II trimestre de 2021, a actividade industrial observou uma variação de 0,7%, influenciada pela actividade das indústrias transformadoras (4,9%) e pelas indústrias extractivas (0,2%).

Trata-se da sexta vez desde 2016 que o indicador que mede a evolução da estrutura do valor acrescentado na indústria se encontra em terreno positivo e a segunda consecutiva desde o final de 2019 e o primeiro trimestre de 2020, ou seja, antes da pandemia da Covid-19. O IPI avalia o desempenho das indústrias extractivas, transformadoras, da produção e distribuição de electricidade, gás e vapor, da captação, tratamento e distribuição de água e saneamento, e da produção de bens intermédios, bens de consumo e produtos de energia.

Dentro da a indústria transformadora, categoria que mais cresceu no III trimestre de 2021 face ao mesmo período de 2020, que coincide com a declaração do estado de calamidade pública em função da pandemia da Covid-19 em Angola, destaque para a subida de produção nas Indústrias das bebidas e do Tabaco (49,6%), indústrias alimentares (11,0%), Fabricação de mobiliário, colchões e outros (3,6%).

Durante o período em análise, destaque também para a subida em 8,7% na produção e distribuição de electricidade, gás e vapor. Já a indústria extractiva inverteu a trajectória da recuperação registada no II trimestre do ano passado. Assim, entre Julho a Setembro de 2021, este sector registou uma quebra de 2,5% face ao mesmo período de 2020. Este valor indica uma tendência que se arrasta desde 2016, tendo em conta que desde aquele ano apenas esteve em terreno positivo por três vezes.

Só no III trimestre de 2021, a extracção de petróleo, o nosso principal produto de exportação, viu a sua produção baixar 2,7%. A extracção de diamantes foi a que maior tombo registou, caindo 6,7%. Já o resto das indústrias extractivas tiveram um tombo de 5,5%. Especialistas acreditam que a queda que se regista na indústria extractiva e o declínio da produção petrolífera, um sector estratégico para a economia nacional, revelam bem a necessidade do reforço e de aposta da actividade industrial fora da produção de petróleo, embora esse represente ainda cerca de 90% das exportações angolanas.

Quanto à produção por bens, os bens intermédios, que são produtos utilizados no processo de produção de produtos acabados (matérias primas), caíram 3,0% face ao período homólogo. Já os bens de consumo cresceram 17,9% face ao III trimestre de 2020.

(Leia o artigo integral na edição 656 do Expansão, de sexta-feira, dia 7 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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