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Angola

Trocas comerciais em 2021 disparam 34,7% para 45.184 milhões USD

EXPORTAÇÕES CRESCERAM 59,3% E IMPORTAÇÕES CAÍRAM 7,4% EM 2021

O principal responsável por este aumento é o suspeito do costume, o petróleo, cujos preços subiram no ano passado face a 2020. Do total das trocas comerciais angolanas, 2.055 milhões USD são referentes a trocas dentro do continente africano. Empresários dizem que África deve ser visto como uma oportunidade para o País aumentar a produção interna.

As trocas comerciais (exportações mais as importações) de Angola cresceram, no ano passado, 34,7% para 45.184 milhões USD, enquanto o saldo comercial, face ao ano anterior, disparou 87,7%, para 22.214 milhões USD, quando no ano anterior rondou os 11.832 milhões USD, segundo cálculos do Expansão com base nas Estatísticas do Comércio Externo, do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) referentes aos quatro trimestres de 2021.

No ano passado, Angola exportou mercadorias no valor equivalente em Kwanzas a 33.699 milhões USD, representando uma subida de 59,3% comparativamente ao mesmo período de 2020, quando o País exportou produtos no valor de 21.158 milhões USD. São os efeitos do petróleo na economia nacional.

Especialistas acreditam que o aumento dos preços do petróleo no mercado internacional e o fim das restrições causadas pela pandemia da Covid-19 estão na base do crescimento das exportações angolanas no ano passado. Durante o período em análise, em dólares, o País registou uma quebra nas importações e o valor fixou-se nos 11.485 milhões USD em mercadorias, menos 7,4% do total das importações do País no ano anterior (ver gráficos). Se os cálculos forem feitos em Kwanzas, as importações cresceram 33% para quase 7,2 biliões Kz.

O petróleo continua a ser praticamente o único produto exportado por Angola, pois só no ano passado representou 95% de todas as exportações do País.. Quanto às zonas de destino das exportações angolanas, em 2021, a Ásia liderou, valendo 83% das vendas angolanas, cerca de 27.912 milhões USD, seguindo-se a Europa com 7% do total. No sentido contrário, a Europa foi o continente que mais vendeu a Angola, seguindo-se a Ásia, enquanto a África ficou na terceira posição das origens das mercadorias que entraram em Angola no ano passado.

No entanto, em 2021, a China manteve-se como o principal parceiro comercial de Angola. O País exportou para a China, no ano passado, mercadorias, na sua maioria petróleo, no valor de 20.291 milhões USD, cerca de 60% do total das exportações nacionais. Por outro lado, importámos 1.633 milhões USD em mercadorias com origem no gigante asiático, o que faz com que as trocas comerciais com aquele país totalizem 21.924 milhões USD, equivalente a 49% do total das trocas comerciais angolanas com aquele que é o maior credor nacional e que detém parte dos pagamentos garantidos por petróleo.

Já a Índia foi o segundo maior destino das exportações angolanas. No ano passado, Angola vendeu-lhe mercadorias no valor de 3.043 milhões USD, cerca de 9% dos bens exportados e comprou-lhes mercadorias no valor de 754 milhões USD, o que totaliza 3.797 milhões em trocas comerciais, equivalente a 8% das trocas angolanas.

Comércio com África

Já o comércio com o continente africano representou apenas 5% do total das trocas comerciais, o equivalente a 2.055 milhões USD, o que representa um crescimento face aos 3% que representou em anos anteriores. Em 2021, segundo as contas do Expansão com base nos dados do INE, as exportações angolanas para África rondaram os 3%, equivalente a 907 milhões USD, do total das vendas do País ao exterior, enquanto, no sentido inverso, ou seja, em importações, Angola comprou mercadorias com origem em África no valor de 1.148 milhões USD, um indicador apontado pelos especialistas como uma aposta que pode aproximar ainda mais Angola do mercado africano.

Durante o período em análise, a África do Sul foi o principal destino das exportações angolanas no continente africano, enquanto o Togo foi o principal mercado das importações em África. Os dados do INE sobre o comércio externo indicam, por outro lado, que Angola importou do Togo, no ano passado, mercadorias no valor de 645 milhões USD.

Especialistas indicam que o País deve aproveitar mais o comércio de proximidade geográfica para potenciar as exportações nacionais, tendo em conta a Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), cuja implementação começou em 2021

(Leia o artigo integral na edição 667 do Expansão, de sexta-feira, dia 25 de Março de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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