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Economia

Investimento de 564,8 milhões USD fora do petróleo é o mais alto desde 2019

INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO ATÉ SETEMBRO

Seria necessário recuar até ao período pré-pandemia para encontrar um investimento estrangeiro fora do Oil & gas superior aos registados entre Janeiro e Setembro deste ano. Os primeiros nove meses do ano ficam também marcados pelo investimento angolano lá fora, o mais alto em 5 anos.

O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) fora do sector petrolífero disparou 162% para 564,8 milhões USD nos primeiros nove meses do ano face aos 216,0 milhões registados no período homólogo, ou seja, os estrangeiros investiram mais 348,8 milhões USD, de acordo com cálculos do Expansão com base nas estatísticas do Banco Nacional de Angola (BNA).

Este é o maior volume de Investimento Directo Estrangeiro no sector não petrolífero desde 2019, pré-pandemia, quando Angola captou 640,9 milhões dos estrangeiros. O período seguinte foi marcado pela Covid-19, em que os investimentos retraíram em todo mundo.

Entretanto, o BNA apenas regista a entrada deste capital sem avançar mais informação, o que torna difícil perceber quais os investimentos que entraram efectivamente no País.

Assim, entre Janeiro e Setembro deste ano, o sector não petrolífero representou 8% de todo o Investimento Directo Estrangeiro feito no País, um peso superior aos 3% que valia no período homólogo, ou seja, registou-se um acréscimo de 5,0 pontos percentuais. Ainda assim, é um sinal de que a petrodependência do País continua, apesar de algum crescimento do peso no PIB de áreas como comércio, indústria, agro-pecuária e transportes.

O fraco investimento nos sectores não petrolíferos (em comparação com o sector Oil & Gas) demonstra que os investidores se sentem pouco confortáveis em aplicar o seu dinheiro em sectores sujeitos às circunstâncias próprias da economia nacional, onde o ambiente de negócios é considerado mau e onde prevalece alta de inflação, desemprego elevado, depreciação cambial, e lacunas ao nível do capital humano e índices de pobreza elevados. O mesmo não acontece no sector petrolífero, em que a produção é quase toda canalizada para os mercados internacionais.

IDE no Oil & Gas recuou

Se um por um lado, o sector não petrolífero disparou, por outro, o sector do Oil & Gas praticamente estagnou, ao registar uma ligeira queda de 0,4% para 6.891,7 milhões USD (-30,1 milhões USD), depois de contabilizar o valor mais alto dos últimos 10 anos no final de 2024, quando atingiu 9.513,3 milhões USD. Com isto, há um fosso enorme entre o que é investido no sector petrolífero e o que é investido nos outros sectores. Neste período, o IDE petrolífero representou 92% do total de investimento directo estrangeiro captado pelo País, e isto demonstra que o petróleo...

Leia o artigo integral na edição 856 do Expansão, sexta-feira, dia 12 de Dezembro de 2025, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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