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Economia

Crude sobe com alívio de restrições da China

SEMANA DE 24 A 29 DE JUNHO

Aumento da procura no gigante asiático e acordo do G7 em avaliar a imposição e um preço máximo para o petróleo russo deram ganhos ao preço do barril de petróleo na última semana.

A volatilidade marcou as negociações nos mercados financeiros na última semana, com as commodities e os índices bolsistas a negociarem entre ganhos e perdas, durante as sessões. No mercado petrolífero, os preços da crude valorizaram face à semana anterior, impulsionados pela retoma da procura chinesa, a medida que são levantadas as restrições geradas pela Covid-19. No acumulado da semana, o Brent valorizou 5,15% para 117,49 dólares por barril e o WTI avançou 4,96% para 111,45 dólares por barril.

Os preços foram também influenciados positivamente, pelo acordo do G7 em avaliar a imposição de uma proibição sobre o transporte de petróleo russo vendido acima de um determinado preço, numa tentativa de limitar os recursos que o País é capaz de gerar para continuar o conflito com a Ucrânia. A decisão ainda deverá ser aprovada em cada país da União Europeia e dependendo da reacção russa, pode ter efeitos diferentes sobre o preço do barril e para os diferentes Estados-membros.

Os investidores do mercado petrolífero estiveram ainda atentos aos alertas da baixa capacidade excedente de produção dos Emirados Árabes Unidos e às notícias de que o aumento de oferta pela Arábia Saudita deverá ser de apenas 150 barris por dia, o que é visto pelo mercado como insuficiente para colmatar a necessidade do mercado e incapaz de produzir pressão descendente aos preços.

Por outro lado, a divulgação de maus indicadores económicos, esta semana, como a confiança dos consumidores nos EUA, Europa e China que piorou, reforçou a percepção de riscos ao crescimento económico decorrentes do aumento da inflação. Nas bolsas, os índices dos EUA valorizaram, interrompendo o ciclo de três semanas consecutivas de perdas.

Na Europa, os índices variaram de forma díspar, impactadas negativamente pelos dados menos bons sobre a inflação em alguns países. Na Espanha, a inflação fixou-se nos 10,2% em Junho, o nível mais alto desde 1985. Já na Alemanha, a inflação em Junho caiu para 7,6%, um recuo de 0,3 pontos percentuais. Nas restantes bolsas, verificaram-se algumas ligeiras valorizações, reflectindo o efeito deap buyers, ou seja, o acto dos investidores que aproveitam comprar acções que desvalorizaram ao longo das últimas sessões para comprar títulos.

Por fim, importa destacar que, algumas agências de rating, admitiram que a Rússia entrou em default esta semana, por não ter pago cerca de 100 milhões de dólares em juros, o primeiro incumprimento do país em mais de 100 anos. Em consequência, a moeda russa negociou em queda face as principais congéneres.