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Economia

Lucros da banca crescem 6% para 618 mil milhões Kz nos primeiros nove meses do ano

COM QUEDA NOS LUCROS DE GRANDES BANCOS COMO BAI E BIC

A reduzida evolução do lucro agregado da banca foi influenciado pela redução dos resultados líquidos do BAl, do BIC, do Yeto e também dos prejuízos do SOL. As aplicações em títulos e valores mobiliários estão a perder peso no total dos activos dos bancos, enquanto o crédito tem vindo a crescer ligeiramente.

Os 20 bancos comerciais que publicaram os balancetes do terceiro trimestre registaram um lucro acumulado de 617,9 mil milhões Kz, o que representa um crescimento de 6% (+37,6 mil milhões Kz) face aos 580,3 mil milhões Kz do mesmo período do ano passado, de acordo com cálculos do Expansão com base nos balanços publicados nos sites das instituições bancárias. Se os resultados líquidos forem convertidos em dólares, o lucro dos bancos caiu 7% de 703,0 milhões USD para 657,3 milhões USD, consequência da desvalorização da moeda nacional.

A reduzida evolução do lucro agregado da banca nos primeiros nove meses do ano deve-se à redução dos lucros de alguns bancos, sobretudo do BAI, cujos resultados líquidos caíram 35% para 94,9 mil milhões Kz face aos 146,7 mil milhões verificados no período homólogo. Além do BAI, o BIC com uma redução de 72%, o Yetu com -47% e o SOL que passou de lucros a prejuízos (ver página 4).

Para o presidente da associação angolana de bancos (ABANC), Mário Nascimento, os resultados da banca nos primeiros nove meses do ano foram influenciados por vários factores, quer endógenos, da gestão dos bancos, quer exógenos, que advêm do ambiente macroeconómico. Mas basicamente beneficiaram da subida das taxas de juros. "Na componente endógena destaca-se a realocação dos activos dos bancos, nomeadamente o facto dos bancos na sua quase totalidade terem aumentado as suas carteiras de crédito à economia e de títulos e valores mobiliários. Este crescimento do crédito e dos títulos de dívida pública, que impulsionados pelo aumento das taxas de juro no período, de valores médios em 2023 de cerca de 18% para taxas médias em 2024 de cerca de 19% na taxa de Juro BNA e de cerca de 20% na taxa de concessão de crédito a economia, provocou um aumento da margem financeira dos bancos".

Acrescido aos factos acima enumerados, e como factor exógeno aos bancos, pois decorre de questões macroeconómicas, é o facto de se ter registado uma desvalorização da moeda em cerca de 16%, embora com um impacto menor relativamente ao passado, o que contribuiu para o crescimento dos resultados cambiais e consequentemente dos resultados dos bancos.

Assim, o acrescimento da carteira de crédito e de títulos e valores mobiliários associados ao aumento das taxas de juro, conjugado com a desvalorização da moeda, suportam este aumento de 6% dos resultados dos bancos, concluiu Mário Nascimento.

Leia o artigo integral na edição 803 do Expansão, de sexta-feira, dia 22 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui.

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