Petróleo desliza com um dólar mais robusto devido à perspectiva da Fed de menos cortes nas taxas
Os preços do petróleo estão a negociar, esta quinta-feira, no vermelho, pressionados por um dólar mais forte, já que a moeda norte-americana subiu para seu nível mais alto em mais de dois anos, tornando as commodities mais caras para a maioria dos compradores.
Na base está a perspectiva da Reserva Federal (Fed, o banco central dos EUA) de menos cortes nas taxas, já que o banco central sinalizou que reduziria o ritmo de cortes nas taxas de juros em 2025, o que pode prejudicar o crescimento económico e reduzir a procura por combustível. Apesar de ter cortado as taxas de juro em 25 pontos base, o banco central prevê apenas dois alívios da mesma magnitude para o próximo ano.
Perto das 09:00 de Luanda, o contrato de Fevereiro do barril do Brent, referência para as exportações angolanas, recuava 0,59%, para 72,96 USD por barril, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de Janeiro do West Texas Intermediate (WTI) perde 0,61% para 70,15 USD. No entanto, estas quedas não estão a ser suficientes para compensar os ganhos registados na quarta-feira, quando os dois "benchmarks" aceleraram com o quarto recuo consecutivo nas reservas de petróleo do país.
O crude tem negociado num intervalo bastante limitado desde meados de Outubro, com sinais contraditórios a levarem os preços da matéria-prima a oscilarem perto da marca dos 70 USD. As preocupações com a vitalidade da economia chinesa - maior importador de petróleo do mundo - têm exercido pressão sobre o crude, mas o aumento das tensões geopolíticas a nível mundial e perspetivas de novas sanções sobre o petróleo iraniano por parte da administração Trump estão a impedir maiores quedas.