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Empresas & Mercados

Vidrul produz e comercializa oito milhões de garrafas da marca Coca-Cola

Bebidas

A vidreira recebeu autorização para produzir garrafas em Maio de 2013 e investiu cerca de 1.000 milhões Kz em novas máquinas e na formação dos técnicos.

A Vidrul, vidreira de Angola, produziu e comercializou ao longo de 2013 cerca de 8 milhões de garrafas à Coca-Cola para os refrigerantes Coca-Cola e Fanta, desde a certificação para o fabrico em Maio do referido ano.

A informação foi prestada ao Expansão pelo director da empresa, Carlos Martins, acrescentando acreditar na continuidade do negócio ao longo do ano em curso, apesar de reconhecer a forte concorrência do produto importado, imposta sobretudo pela diferença dos custos de produção.

"Não tememos a concorrência porque sabemos que temos e vamos continuar a melhorar. Sabemos que o custo de produção é mais caro no País, mas a nova pauta aduaneira irá equilibrar os preços de venda, argumentou. Continuando, adiantou que a aposta da empresa, no que diz respeito às garrafas, continuará a ser o mercado interno, visto existirem fortes possibilidades de negócios.

"O mercado interno está a crescer, por isso, mais que pensarmos em exportar este produto, vamos trabalhar no sentido de abastecer o mercado interno", argumentou.

O investimento para a produção das garrafas iniciou em 2012, foram cerca de 1.000 milhões Kz (10 milhões USD) que serviram para a aquisição de máquinas para a produção de garrafas mais leves, bem como para equipamentos de decoração e formação dos quadros.

Em Outubro daquele ano estava agendada a primeira avaliação da capacidade da empresa de produzir as garrafas pelos inspectores da Coca-Cola Quénia (empresa responsável pela certificação das produtoras das garrafas em África).

No entanto, um incêndio nas instalações da vidreira, em Setembro de 2012, adiou a inspecção, que veio a acontecer em meados de 2013. A vidreira não concorreu para a produção das garrafas do refrigerante Sprite por falta de know-how para a fabricação das mesmas, segundo o gestor. O mercado europeu tem sido a principal origem das garrafas utilizadas pelas fábricas de Coca-Cola do País.

Entrevistado pelo Expansão em outra ocasião, Carlos Martins estimou em cerca de 25 mil Kz (255 USD) a tonelada de vidro, à porta da fábrica, na Europa, enquanto no País custa cerca 80 mil Kz ( 800 USD). "Estamos num rácio de 3 por 1, e isto deve-se a todos os custos elevados de produção", adiantou.

Por outro lado, Carlos Martins adiantou que, no global, os negócios da empresa, em 2013, enquadraram nas previsões sem, no entanto, adiantar os números. Fundada em 1958, a Vidrul ficou muitos anos em estado de falência.

Um quadro que começou a inverter-se em 2003 com a sua privatização e consequente investimento de cerca de 40 milhões USD. Em 2010 foi feito um outro investimento de cerca de 100 milhões USD que permitiu instalar a actual capacidade de produção da fábrica que é de 260 toneladas/ano. Cerca de 25% da produção é exportada para países como Madagáscar, Guiné-Conacri, Benim, Níger, Burquina Faso, Costa do Marfim, Togo, Mali e Camarões. As exportações, no entanto, têm sido um negócio pouco lucrativo para a empresa, segundo o gestor, que aponta como razões o custo de transportação e armazenamento da mercadoria no País.

César Silveira / Expansão

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