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Empresas & Mercados

Crédito à administração pública cresceu 33% em Fevereiro

MAIS 109 MIL MILHÕES KZ

O comércio voltou a destronar os particulares no ranking dos sectores com mais crédito bancário. Em Fevereiro, o crédito cresceu 218 mil milhões.

O crédito bancário à administração pública e defesa e segurança social cresceu 33% Fevereiro, passando dos 335,1 mil milhões Kz registados em Janeiro para os actuais 444,3 mil milhões Kz, um aumento equivalente a 109 mil milhões Kz, de acordo com cálculos do Expansão com base em dados do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o stock de crédito na banca.

Trata-se do maior crescimento verificado no mês passado, em que o total do crédito cresceu 3,6% face a Janeiro, ou seja, mais 218 mil milhões Kz para um total de 6.245 mil milhões Kz (6,2 biliões Kz).

Em Fevereiro, o crédito ao comércio voltou a destronar o crédito a particulares, que pressupõe consumo, no ranking dos sectores que mais financiamentos têm na banca nacional. Isto porque o stock de crédito do sector do comércio cresceu 5% (+61 mil milhões Kz) face a Janeiro. Já o crédito a particulares encolheu 0,1% (-600 milhões Kz). Assim, inverteu-se a tendência de maior volume de crédito a particulares que tinha sido iniciada ainda durante o ano passado, depois de superar o sector do comércio, que liderava os créditos bancários desde 2014.

O crédito ao consumo liderou este ranking entre Julho e Novembro de 2023, mas voltou a perder o lugar em Dezembro do mesmo ano para o comércio. Só que em Janeiro o crédito a particulares voltou a ocupar o primeiro lugar, situação que foi agora revertida em Fevereiro.

O crédito a particulares tem crescido bastante nos anos mais recentes devido, sobretudo, à disponibilização de contas de adiantamento de salários aos clientes por parte de algumas instituições bancárias nacionais. É o que acontece, por exemplo, no caso do Banco de Poupança e Crédito (BPC), que viu a sua carteira de crédito (depois da limpeza do malparado) crescer exponencialmente devido a este produto bancário, que é considerado pelo banco como crédito de baixo risco.

Quanto ao crédito à industria transformadora, que fecha o pódio dos três sectores com mais financiamentos, subiu 2,8% para 627,9 mil milhões Kz. A empurrar o crédito para cima estiveram também os sectores da construção (+3,8%), da indústria extractiva (+0,7%) e as outras actividades e serviços (+3,6%). Por outro lado, a empurrar o crédito para baixo, além do crédito a particulares, estiveram a informação e comunicação (-1,4%), a agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (-3,5%) e as actividades administrativas e dos serviços de apoio (-1,5%). Contas feitas, nos primeiros dois meses do ano, o stock de crédito da banca nacional cresceu 2,2%, passando de 6.110,9 mil milhões para 6.245,0 mil milhões, uma diferença de 134,3 mil milhões Kz

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