Saltar para conteúdo da página

Logo Jornal EXPANSÃO

EXPANSÃO - Página Inicial

Empresas & Mercados

Crise e pirataria tiram quase 300 mil subscritores aos operadores de televisão paga

DESDE 2020 ATÉ AO III TRIMESTRE DE 2021

Além da crise, as "TV Cabo comunitárias", piratas, têm roubado cada vez mais "clientes" às três operadoras. Chegam a "vender" a subscrição de serviços de televisão com mais canais (os premium de desporto e cinema), embora com pior qualidade, mas a preços seis vezes mais baixos.

Os três operadores de televisão ZAP, DSTV e TV Cabo perderam 276 mil subscritores entre o final de 2020 e o fim do terceiro trimestre de 2021, de acordo com dados do Instituto Nacional das Comunicações (INACOM). A crise é a principal responsável, mas o aumento da oferta de serviços ilegais nos bairros a preços mais em conta tem aberto a porta a mais desistências. No final de 2020 existiam 1,92 milhões de clientes dos três operadores, o que contrasta com os 1,64 milhões no final do III trimestre de 2021, uma quebra de 14,6%.

Se já não bastava a crise, as "TV Cabo comunitárias", piratas, têm ganho cada vez mais "clientes" e continuam a prejudicar os negócios das três operadoras. Isto porque segundo apurou o Expansão, chegam a "vender" a subscrição de serviços de televisão com mais canais (os premium de desporto e cinema), embora com pior qualidade, a preços seis vezes mais baixos.

De acordo com uma fonte de uma das operadoras, a pirataria tem crescido "perante a inércia do INACOM". Tratam-se de operadores ilegais, que não são contribuintes fiscais e não tem licenças de distribuição de canais, nacionais e estrangeiros, que estão protegidos por direito de autor e distribuição e que custam avultadas somas anualmente às operadoras. "É tudo ilegal", revela a fonte.

As operadoras têm-se queixado recorrentemente ao INACOM mas, ano após ano, tudo contínua igual. Apesar de haver legislação que salvaguarde o papel das operadoras, a falta de fiscalização e de policiamento nos bairros tem feito prosperar um negócio ilegal que tem criado nos bairros autênticos "novelos de lã" que são os fios instalados nas ruas e nas casas.

(Leia o artigo integral na edição 656 do Expansão, de sexta-feira, dia 07 de Janeiro de 2022, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)