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Negociações na BODIVA caem 69% face ao II semestre de 2023 para 2,1 biliões Kz

LIDERADAS PELOS TÍTULOS DE DÍVIDA PÚBLICA

Se a comparação for feita com o I semestre de 2023 houve um crescimento de 94%, mas se for feita com o II semestre do ano passado estamos a falar de uma queda de 69%. Os Repos lideram negociações, mas os títulos de dívida pública são os produtos preferidos. O mercado de acções continua sem expressão.

Após fechar o ano de 2023 o maior volume de negociações de sempre, as negociações na Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) cresceram 94% para 2,1 biliões Kz no primeiro semestre do ano face aos 1,08 biliões Kz contabilizados no mesmo período de 2023, de acordo com cálculos do Expansão com base nos dados preliminares mensais disponibilizados pela BODIVA.

Ainda assim, o volume de negociações alcançadas no primeiro semestre do ano (2,1 biliões), não valem nem metade dos 7, 8 biliões Kz negociados em 2023, recordando que o ano passado houve um movimento de cerca de 6 biliões Kz nas negociações na BODIVA no II semestre. Quer isto dizer, que se fizéssemos uma comparação com o último semestre, então estávamos a falar de uma queda de mais de 60%.

Tal como aconteceu no ano passado, na base está o crescimento do novo mecanismo de negociação de trocas de activos entre investidores e emitentes, os acordos de recompra (REPO, na sigla em inglês) que tiveram o maior impacto nas transacções, com as negociações dos Repos a chegarem os 1,73 biliões Kz nos primeiros seis meses do ano, o que representa 82% das negociações, segundo apurou o Expansão.

Num acordo de recompra uma parte vende um activo, normalmente títulos de dívida pública, a outra fica com o compromisso de o recomprar numa data futura a um preço superior ao que vendeu. Caso o vendedor não consiga os fundos para recomprar os títulos no prazo acordado dos Repos, a venda temporária passa a definitiva e o comprador pode vender o activo a uma terceira parte para reaver os fundos que gastou ou manter na sua carteira de investimentos. Em termos práticos, num acordo de recompra o título de dívida pública funciona como colateral e mitiga o risco de crédito do vendedor ao comprador. Lançadas em 2022, as Repos são uma medida que aumenta as hipóteses de os investidores transformarem os títulos de dívida pública que detêm em liquidez, sem abdicarem da rentabilidade futura que os instrumentos de dívida pública oferecem.

Entretanto, os títulos dívida publica são os produtos mais negociados a nível do mercado da bolsa de valores. Durante os primeiros seis meses do ano, foram negociados cerca de 1,9 biliões Kz com operações Obrigações do Tesouro não reajustáveis (OTNR), seguidos dos Bilhetes do Tesouro (BT) com 218,6 mil milhões Kz, e das obrigações de tesouro em Moeda Externa (OT-ME) e as indexadas (OT-TX), com 12,0 mil milhões e 3,3 mil milhões Kz, respectivamente. Juntos, estes instrumentos de divida pública representaram 99,9% das negociações na BODIVA.

Para Assis da Paixão, analista de mercados, e ex-PCA da correctora Lwei Brokers, os repôs e as obrigações do tesouro são populares devido à sua segurança e liquidez. "Esses instrumentos são considerados de baixo risco, oferece retornos previsíveis, e são particularmente atraentes em um ambiente onde a estabilidade macroeconômica pode ser uma preocupação", argumentou...

Leia o artigo integral na edição 780 do Expansão, de sexta-feira, dia 14 de Junho de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui)

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