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Empresas & Mercados

Seguradoras preocupadas em criar uma central de risco para analisar os clientes

PROJECTO ESTÁ A SER DISCUTIDO NA ASAN

Controlar o movimento de clientes que trocam de seguradora por incumprimento contratual ou financeiro, identificando os que tentaram fazer uma fraude, é o princípio da central de risco que as empresas seguradoras defendem que é necessário implantar. Os primeiros passos estão a ser dados.

A constante troca de seguradoras por parte dos clientes, por fraude ou por qualquer incumprimento contratual, constitui uma preocupação para os operadores do mercado, que pensam em criar um sistema de partilha de informação onde esteja reservado o histórico de clientes, à semelhança do que acontece na banca com a central de risco desenvolvida pelo BNA. Aliás, também foi referido por alguns especialistas, que esta central estará preparada para alargar o sistema de controlo para as empresas de seguros.

Esta preocupação de mudança dos segurados, de acordo com Amílcar Aguiar, administrador do BIC Seguros que falava no IX Fórum Seguros do Expansão, agrava-se pelo facto de não existir no mercado um sistema de controlo que permita entre seguradoras partilhar informações sobre a postura de um determinado cliente que sai de uma seguradora para outra.

As mudanças acontecem com maior frequência quando chega o período de renovação das apólices e, sobretudo, quando há necessidade de agravamento do prémio. Acrescente-se que esta central de informações para o sector segurador só poderá funcionar de forma eficaz se todas as empresas assumirem o desafio, pois serão elas que terão de alimentar esta base de dados

A criação de um sistema de partilha de informação, de acordo com Kianda Trozo, PCA da Protteja Seguros, é um bom caminho porque vem devolver ao mercado uma maior credibilidade e, no fundo, salvaguarda os interesse das seguradoras, pois muitos clientes também trocam de seguradora por incumprimento contratual ou por incumprimento de uma obrigação financeira.

"O facto de a seguradora entender a capacidade financeira do cliente e aceitar fraccionar os prémios não quer dizer que o prémio é fraccionado. O prémio é anual e na altura de renovar simplesmente os clientes desaparecem. Quase todas as seguradoras perdem dinheiro com estes actos. É preciso travar esta prática", explica

Apesar de as seguradoras receberem primeiro os prémios para fazer face aos sinistros futuros (o chamado ciclo invertido), a verdade é que existe um acerto de continuidade com o cliente e quando chega esse período vários segurados trocam imediatamente de seguradora. Kianda Trozo contou ainda que há muitos casos que os clientes ficam a dever às seguradoras e não podem continuar ilesos no mercado, por isso, ainda que não se crie uma central pode se usar uma central privada para esta iniciativa.

Pedro Pinto, gestor de sinistro, sublinha que estas trocas frequentes acontecem porque as seguradoras não sabem quem é quem, e é imperativo que exista um sistema de controlo.

Leia o artigo integral na edição 802 do Expansão, de sexta-feira, dia 15 de Novembro de 2024, em papel ou versão digital com pagamento em kwanzas. Saiba mais aqui.

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