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Sonair encomenda dois helicópteros a multinacional italiana

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À INDÚSTRIA PETROLÍFERA

Subsidiária da Sonangol volta a investir em asa rotativa depois da empresa quase ter sido extinta. Valores do negócio não foram revelados.

A Leonardo, fabricante de helicópteros de origem italiana, anunciou recentemente que a Sonair, companhia aérea detida pela Sonangol, encomendou dois helicópteros bimotores modelo AW139, que devem ser entregue no primeiro trimestre de 2023. O contrato também inclui acções de apoio ao cliente e um pacote de formação para os trabalhadores da companhia aérea. Ainda ficou em aberto a possibilidade de a Sonair adquirir mais duas aeronaves no futuro.

Os AW139 serão usados em operações de transporte e apoio à indústria nacional de petróleo e gás e para retirar de circulação helicópteros antigos. Em África, nos últimos oito anos, a Leonardo foi o único fabricante a expandir a sua presença no mercado offshore regional (praticamente dobrou o número de aeronaves em actividade). No total, já foram encomendados mais de 1.250 AW139, que circulam em 80 países. O referido modelo obteve a certificação em 2004 e tem sido o campeão de vendas na sua categoria.

Em Angola, a Sonair volta a investir na sua frota depois de vários anos de impasse sobre o futuro da empresa. Numa primeira fase, a subsidiária da Sonangol foi incluída no programa de privatizações anunciado em 2019, ao mesmo tempo que foram introduzidas várias mudanças estratégicas e um programa de refundação da maior empresa do País. Isto provocou algumas ondas internas porque o Conselho de Administração da Sonangol defendia que o apoio à indústria petrolífera é um negócio rentável.

Estas decisões originaram ainda a separação das funções de concessionária (que agora estão sob responsabilidade da ANPG - Agência Nacional de Petróleo e Gás) e de operadora. Ficou também estabelecido que a Sonangol passaria a dedicar-se sobretudo ao negócio principal (pesquisa, produção e distribuição de petróleo e derivados).

Neste contexto, o mercado de prestação de serviços de transporte aéreo à indústria petrolífera foi liberalizado, pondo fim ao monopólio, o que originou a entrada de novos players neste segmento. Depois de evitado o encerramento da empresa, a Sonair procura agora reforçar as suas operações num contexto de maior competição interna - a subsidiária da Sonangol perdeu o contrato com a Chevron no ano passado (a petrolífera de origem norte-americana entregou os serviços de transporte aéreo à Bestfly por concurso público).