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Empresas & Mercados

Stocks nos EUA pressionam petróleo

SEMANA DE 03 A 08 DE MAIO

Apesar da queda, os preços do barril continuarão a ser sustentados pelos cortes voluntários da OPEP, pelos riscos geopolíticos e pelas compras dos EUA para reconstituição das reservas estratégicas do país.

As cotações do petróleo recuaram mais de 5% nos últimos 7 dias devido aos receios de aumento da oferta no mercado, após ter sido noticiada uma subida dos stocks de crude nos EUA. Em Oklahoma, o principal centro de armazenamento das indústrias norte-americanas, registou-se um aumento em cerca de 1.000 milhões de barris nas reservas, podendo também sinalizar uma procura mais fraca do que o esperado.

No mercado de Nova York, o WTI encerrou a sessão de quarta-feira nos 77,43 dólares por barril, enquanto o Brent rondava os 82,17 dólares por barril.

Entretanto, o Departamento de Energia dos EUA (DoE) manteve as suas projecções recentes, indicando que a expectativa é de que os cortes voluntários da OPEP e dos seus aliados, juntamente com os riscos geopolíticos, continuem a sustentar a perspectiva ascendente para os preços ao longo de 2024. Além disso, a possível efectivação, em Outubro, da compra de 3,3 milhões de barris de petróleo por parte dos EUA, conforme comunicado pelo DoE para reconstituição da reserva estratégica também poderá impactar positivamente os preços.

Nos mercados accionistas, o índice de referência para a Europa (Stoxx 600) valorizou mais 1% à medida que os investidores assimilam um ambiente económico mais estável na região. Este optimismo tem por base em parte, os dados que apontam para uma estabilização da inflação na Zona Euro em 2,4% em Abril. Adicionalmente, o PIB da região registou um crescimento homólogo de 0,3% e o volume das vendas a retalho cresceu em Março, 0,7%, segundo dados divulgados pelo Eurostat.

Nos EUA, a semana ficou marcada pelo sector empresarial, tendo o índice tecnológico Nasdaq valorizado mais de 4%. Entre as principais cotadas do mercado, destaque para a Apple, que apresentou dois novos modelos de iPad e um novo "chip" preparado para lidar com o software de inteligência artificial.

Os mercados também reflectiram a expectativa de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) efectue um corte nas taxas de juro ainda este ano, com divulgação de dados do emprego abaixo do esperado.

Por fim, até à sessão da última quarta-feira, o índice Bloomberg USD, que compara a força do dólar face a um cabaz de 10 principais moedas internacionais, cedia 0,57% para 105,61 pontos com a expectativa de que a Fed poderá começar a cortar as taxas de juro ainda este ano.