BCP: Fusão com Atlântico deve melhorar rentabilidade em Angola
O presidente do BCP, Nuno Amado, considerou hoje, segunda-feira, que o contributo da operação em Angola para os resultados do banco deve subir ou, pelo menos, manter-se após a fusão com o Atlântico no País. Entretanto, o lucro do BCP caiu 33,7% no primeiro trimestre.
O presidente do BCP, Nuno Amado, considerou hoje, segunda-feira, que o contributo da operação em Angola para os resultados do banco deve subir ou, pelo menos, manter-se após a fusão com o Atlântico naquele mercado africano.
"Angola deve contribuir, no mínimo, com uma rentabilidade igual à que tinha quando lá estávamos isoladamente", afirmou em conferência de imprensa o gestor, considerando que o maior benefício que quer o banco português, quer o congénere angolano, vão ter com esta fusão é o ganho de dimensão.
"A questão essencial é o aumento da quota de mercado. Esta fusão cria um banco privado de dimensão concorrente com os principais bancos em Angola", afirmou, sublinhando que esta operação "cria condições para aumentar a rendibilidade em Angola".
De resto, nas contas hoje divulgadas é apresentada uma subida de 82,5% (em euros) para 29 milhões de euros do contributo da operação em Angola para os resultados do grupo BCP.
No dia 25 de abril, o BCP comunicou que a fusão do Banco Millennium Angola (BMA) com o Banco Privado Atlântico (BPA) foi oficializada em escritura pública.
Com esta fusão, autorizada pelo Banco Nacional de Angola e pelo Governo angolano, nasce o novo Banco Millennium Atlântico, uma das maiores instituições bancárias de Angola.
O BCP, que detém 51% do Banco Millennium Angola, fica com uma participação de 22,5% no novo banco. Segundo os números hoje avançados, o agora Banco Millennium Atlântico passa a contar com uma quota de mercado de 11% no crédito e de 9% nos depósitos em Angola.
As sinergias de custos resultantes desta fusão estão estimadas em 20 milhões de euros por ano.
Lucro baixou quase 34% no primeiro trimestre
No primeiro trimestre, o BCP baixou o lucro líquido em 33,7% para 46,7 milhões de euros. Entre os para 2018 está ter, nesse ano, menos de 570 sucursais em Portugal, o que implica o fecho de pelo menos 92 agências.