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Descida dos preços do petróleo vai anular ganhos recentes de Angola, alerta consultora

Capital Economics aponta para fraca recuperação das economias da África subsaariana

Angola e Zâmbia estão entre as nações africanas com maior risco de poderem vir a enfrentar novos constrangimentos nas balanças de pagamentos, provocado pelo agravamento das trocas comerciais, que vão perder fôlego com nova descida do preço do barril do petróleo.

A análise e consequente alerta regional, "para uma fraca recuperação das economias da África subsaariana, a que se juntam os problemas da lenta distribuição de vacinas, pouco espaço orçamental e uma contínua redução do turismo", é da analista da Capital Economics que considera que os ganhos de que os países africanos exportadores de petróleo beneficiaram nos últimos meses vão reverter-se, com o preço por barril a descer para 60 dólares ao longo do próximo ano.

Na análise a que a Lusa teve acesso, Virag Forizs, da consultora, escreve "que a recente subida do preço das matérias-primas vai perder fôlego nos próximos meses, com os preços do petróleo a subirem um pouco, antes de descer dos 70 dólares no final deste ano para cerca de 60 dólares no final do próximo ano", que antecipa problemas por parte dos exportadores africanos, que vão "colher" também dificuldades com a quebra nos preços de produtos agrícolas, como o café os metais industriais, que deverão "registar a maior queda dos preços já no final deste ano e no próximo".

A analista refere Angola e Nigéria, enquanto maiores produtores, que mais beneficiaram da recuperação dos preços do petróleo, - que bateram fundo nos 19 dólares, em abril de 2020 -, tendo escrito que "as exportações dos principais produtores, como a Nigéria e Angola, valeu 2 e 13% do PIB numa base anualizada, respetivamente, e a Zâmbia melhorou a balança de pagamentos com a forte subida do preço do cobre".