Financiamento climático deve ser suportado por países ricos
Além de um limite mínimo de financiamento anual de 1,3 biliões USD até 2030, que deve ser garantido pelos países ricos, Grupo Africano de Negociadores quer chegar a acordo sobre principais elementos para operacionalizar a Meta Global de Adaptação, o Fundo de Perdas e Danos e o Artigo 6 do Acordo de Paris sobre mercados de carbono.
Os 10 principais bancos multilaterais comprometeram-se a aumentar o financiamento climático destinado aos países de baixa e média renda, para 120 mil milhões USD por ano até 2030, mas o Grupo Africano de Negociadores insiste que os fundos devem vir principalmente dos cofres públicos das nações mais ricas para evitarem instrumentos de crédito que agravem o fardo da dívida suportado pelos países em desenvolvimento.
O compromisso do grupo dos 10 principais bancos multilaterais, que inclui o Banco Mundial e o Banco Europeu de Investimento, foi assumido durante a COP29, que decorre em Baku, no Azerbaijão, e que fica marcada pelos ataques do presidente do país anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas aos líderes ocidentais.
No seu discurso, o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, descreveu o seu país como vítima de uma "campanha bem orquestrada de calúnia e chantagem" dos líderes ocidentais, garantiu que é "defensor da transição verde", mas recusou diabolizar os recursos de petróleo e gás do seu país, que descreveu como "presentes de Deus". Aliyev acusou mesmo os EUA, o maior emissor de carbono do mundo, e a União Europeia de adoptarem padrões duplos.
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