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Concorrência não é conflito, diz Biden a Jinping. Mas Taiwan é um problema sério

Os líderes das duas super-potências falaram cerca de três horas

Os líderes das duas maiores economias do mundo conversaram sobre diversos assuntos, com Taiwan como o assunto que provoca maior tensão entre as duas potências

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Presidente chinês Xi Jinping mantiveram uma longa conversa de três horas, via online, esta segunda-feira, 15 de Novembro, mas não foram capazes de estabelecer um entendimento de forma que Taiwan não se transforme conflito perigoso que pode sair da região para o mundo.

Biden começou por dizer ao seu homólogo chinês que tinham de garantir que a competição entre os dois países "não levasse ao conflito". Mas quando o tema foi Taiwan, que a China reivindica como parte do seu território, a ideia que passou é que haverá tensão entre as duas potências.

A China tem vindo a colocar na região que separa o continente da ilha de Taiwan, numa zona de defesa aérea, mais caças e bombardeiros.

Xi Jinping lembrou que apoiar a independência de Taiwan é uma forma de enfraquecer a política chinesa que preconiza o conceito de "uma só China", o que para Pequim não se fará sem Taiwan, também porque desde que os dois países estabeleceram relações diplomáticas, em 1979, os Estados Unidos aceitam que Pequim é a capital da China.

Jinping alertou Biden para que os defensores da independência de Taiwan e qualquer pessoa que os apoie estão a "brincar com fogo" e correm o risco de "se queimar", e isto foi adiantado pela Xinhua, a agência de notícias estatal chinesa.

Taiwan é então uma linha vermelha. A China insiste que a autonomia da ilha no Mar da China tem os dias contados. Os Estados Unidos argumentam que tudo farão para preservar o país insular como uma nação autónoma e Biden já disse que defenderá Taiwan de qualquer ataque chinês, pondo mesmo fim a "uma ambiguidade estratégica" mantida ao longo de anos de diplomacia. No entanto, esta segunda-feira, Biden voltou a um tom mais ambivalente, disse que os Estados Unidos não se opõem à ideia de uma "só China", só se opõem "aos esforços unilaterais para mudar o status quo".

Além de Taiwan, os dois líderes pareceram concordar com a necessidade de garantir que as relações entre os Estados Unidos e a China, que caíram para os níveis mais baixo em décadas, não prossigam na direcção de um eventual conflito.

Ainda de acordo com a agência noticiosa da China, Xinhua, Jinping disse a Biden que os dois lados precisavam "de gerir diferenças e questões delicadas de forma construtiva, para evitar que as relações sino-americanas descarrilassem". E comparou os dois países a dois grandes navios que precisavam de "lemes estáveis" para evitar uma colisão.

A Casa Branca, por seu lado, adiantou que Biden relevou preocupação sobre a política chinesa em Xinjiang, Hong Kong e no Tibete, e sobre os direitos humanos de forma mais ampla.

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